"Qualidade do ensino em Angola deixa a desejar", diz professor da UAN

Universidade Agostinho Neto - Luanda, Angola

Carlos Feijó, antigo chefe da casa civil da Presidência da República, falava no colóquio internacional sobre os 35 anos da faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto.

A qualidade do ensino em Angola deixa muito a desejar, segundo Carlos Feijó, antigo chefe da casa civil da Presidência da República, que falava durante o colóquio internacional, no âmbito dos 35 anos da fundação da faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto.

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Feijó diz que qualidade de ensino tem que ser melhorada - 2:02

O jurista incidiu a sua apresentação na necessidade de se primar pela qualidade do ensino em Angola, depois de um período longo em que a quantidade era a aposta do Governo angolano.

O antigo colaborador do presidente da República, que dissertava sobre o tema “O ensino do Direito: Da quantidade à qualidade”, trouxe à discussão um discurso do de José Eduardo dos Santos em que orientava as políticas governamentais a passarem da quantidade para a qualidade.

"Aqui neste discurso está tudo tão claro já não se devia discutir mais se devemos apostar na quantidade ou na qualidade, temos é de pensar como melhorar a qualidade do nosso ensino", disse Carlos Feijó que apontou alguns exemplos de opções que indiciam em seu entender que ainda não se está a trabalhar para a qualidade do ensino.

Segundo aquele professor, “nos discursos do dia-a-dia ninguém vai assumir que não quer a qualidade, mas na prática se olharmos para as opções, não posso acreditar que a Faculdade de Medicina em Malanje não tinha laboratório, por exemplo, eu vi a Faculdade de Direito do Huambo, olhei para os planos e currículos e não se pode exigir qualidade aí".

Entrar para o ranking das melhores instituições de ensino internacionais é o principal desafio da actual direcção da Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto, 35 anos depois da sua criação.

O decano Carlos Teixeira aposta para esta meta: "Cumprimos o objectivo mínimo de uma instituição de ensino e de saber, mas temos que tentar alcançar o patamar de outras instituições de África e quem sabe do mundo".