PRS "obrigado" a escolher cabeça-de-lista antes do eleger novo presidente

Eduardo Kwangana desconhece sucessor ainda

Prazo para apresentação de candidaturas termina a 20 de Maio e congresso será no fim do mês

Os prazos impostos pelo Tribunal Constitucional (TC) de Angola para a formalização de candidaturas dos partidos concorrentes às eleições de 23 de Agosto forçam o Partido da Renovação Social (PRS) a indicar o cabeça-de-lista sem esperar pelo congresso marcado para finais de Maio.

A incógnita está agora na figura sobre a qual recairá a escolha: se ao presidente Eduardo Cuangana ou a um dos três candidatos que concorrem à presidência do partido.

O TC anunciou na última semana que o prazo legal de 20 de Maio para a formalização das candidaturas não será prorrogado.

Em declarações à VOA, o coordenador da comissão preparatória do congresso, Manuel Muxito, disse que cabe à liderançado partido indicar o seu cabeça-de-lista, escusando-se a avançar qualquer nome.

Entretanto, Muxito garante que o congresso será realizado nas datas previstas por se tratar de um imperativo estatutário.

“No momento oportuno, a direcção do partido vai indicar o cabeça de lista”, garantiu.

Em declarações anteriores, Manuel Muxito tinha garantido que o actual presidente Eduardo Cuangana estaria impedido de se candidatar à sua própria sucessão por razões de saúde depois de 27 anos à frente daquela força política.

O IV congresso ordinário do PRS está marcado para 29 a 31 de Maio, em Luanda, sendo candidatos à sucessão de Eduardo Cuangana,o actual secretário-geral, Benedito Daniel, João Baptista Ngandajina e Sapalo António.

Eduardo Kuangana assumiu a liderança do partido em 1990 e concorreu às primeiras eleições, em 1992 tendo eleito seis deputados.

Em 2008, o PRS conquistou oito, e, em 2012 elegeu apenas três deputados.