Presidente de São Tomé acusa governo de nada ter feito para travar o coronavírus.Prolongado estado de emergência

Evaristo de Carvalho, Presidente de São Tomé e Príncipe

O Presidente São-tomense, Evaristo Carvalho, prorrogou o estado de emergência para mais 15 dias, até 31 de maio, e acusou o Governo do seu país de nada ter feito para travar o alastramento da Covid-19 no arquipélago.

O Chefe de Estado afirmou que “tem havido contaminação em massa da Covid-19 no país e que as medidas adoptadas pelo governo para travar a propagação da pandemia ficaram no papel”.

“As autoridades competentes não estão a exercer o seu papel no sentido de garantir o confinamento obrigatório, não têm impedido a superlotação dos transportes públicos nem a aglomeração de pessoas nos mercados”, disseo presidente.

"Como travar o alastramento da pandemia nessas condições?" Perguntou Evaristo Carvalho no encontro semanal dos órgãos de soberania para avaliar a evolução da Covi-19 no país, desta vez com a presença de representantes da sociedade civil.

O Presidente da República criticou o critério adotado pelas autoridades sanitárias para a realização de testes à pessoas suspeitas de terem contraído a doença, tendo sublinhado a existência de um elevado números de profissionais de saúde e dos serviços de proteção, defesa e segurança contaminados com o novo coronavirus.

Evaristo Carvalho exige que sejam determinadas as reponsabilidades pelo desvio das matérias de luta contra a covid-19, oferecidos ao país pela comunidade internacional.

No dia em que prorrogou o estado de emergência pela quarta vez consecutiva, o Presidente da República desafiou o governo a apresentar o real estado da pandemia no país.

Evaristo Carvalho exige que as autoridades competentes digam à nação “em que fase da pandemia o país se encontra e o que se pode esperar nas próximas semanas? “

O presidente São-tomense não esconde o seu descontentamento pela forma como o governo do seu país tem gerido as medidas de luta contra a covid-19.