PR de Cabo Verde pede sensatez no tratamento do caso dos magistrados expulsos de Timor Leste

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Jorge Carlos Fonseca, Presidente de Cabo Verde

Dois magistrados cabo-verdianos não abrangidos pela medida de expulsão do Governo decidiram abandonar o país.

O Presidente cabo-verdiano pediu sensatez, inteligência e lucidez no tratamento da questão do magistrado cabo-verdiano expulso de Timor-Leste, com base nas boas relações entre os dois países. Dos contactos com os cabo-verdianos que trabalham em Timor, Jorge Carlos Fonseca diz ter registado uma postura de prudência e preocupação de se informarem sobre o alcance das medidas decretadas.

“Temos de ter inteligência, lucidez e sensatez, pleiteando as boas relações que temos com os timorenses e que correspondem àquilo que é legítimo por parte dos nossos cidadãos que estão em Timor Leste”, afirmou.

Fonseca garante estar em contacto e diálogo com os cabo-verdianos e alguns magistrados conterrâneos naquele país, além de ter tratado o assunto com o primeiro-ministro José Maria Neves.

Segundo o Presidente da República, o comportamento dos magistrados cabo-verdianos pauta-se por prudência e preocupação de conhecer o impacto das medidas decretadas. A nível interno, em diálogo com o Governo, segundo Jorge Carlos Fonseca, está-se a fazer o melhor para que o interesses dos cidadãos cabo-verdianos sejam salvaguardados.

Entretanto, hoje, dois magistrados cabo-verdianos não afectados pela medida do Governo timorense decidiram abandonar o país em solidariedade com o colega afectado e “em defesa da credibilidade da magistratura cabo-verdiana”, segundo disseram à imprensa.

Na segunda-feira, o Governo de Timor Leste publicou uma resolução em que ordenou a expulsão de 8 profissionais da justiça, sendo sete portugueses e um cabo-verdiano, alegadamente por “prestarem um mau serviço ao país e terem colocado em risco a segurança nacional”.