PR de Cabo Verde vê com naturalidade adiamento da cimeira da CPLP

Jorge Carlos Fonseca, Presidente da República de Cabo Verde

Reunião está prevista para Julho no Brasil.

O Presidente de Cabo Verde afirmou que o mundo não vai acabar se a cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) prevista para realizar-se em Julho no Brasil for adiada devido à situação política no gigante da América do Sul.

"Vive-se no Brasil um contexto um pouco anómalo, do ponto de vista constitucional, mas o que nós todos esperamos e desejamos é que os brasileiros consigam resolver os problemas, que a situação estabilize e que a cimeira possa realizar-se" na data prevista, começou por dizer Jorge Carlos Fonseca em Lisboa após visitar o Centro de Acolhimento de Doentes Evacuados, que recebe os cabo-verdianos em tratamento em Portugal.

Fonseca, no entanto, disse não ver “problemas se a cimeira não se realizar em Julho e, se vier a realizar-se mais tarde, o mundo não há de acabar por causa disso, porque a alternativa de se fazer noutro país também implicaria adiamentos".

A cimeira da CPLP vai eleger a nova presidência da comunidade, que passa de Timor-Leste para o Brasil, e a nova secretária-executiva da organização, que deverá ser a antiga primeira-ministra e actual governadora do Banco Central de São Tomé e Príncipe, Maria do Carmo Silveira.