Polícia norueguesa quer saber negócio entre petrolífera nacional e a Sonangol

Edifício Sede Sonangol Luanda

Não há investigação policial em curso, mas desconhecem-se detalhes do centro de investigação e tecnologia fruto do financiamento da Statoil.

A polícia norueguesa encontrou-se no passado dia 19 com responsáveis da empresa petrolífera nacional Statoil para conhecer os contornos do pagamento de 49 milhões de dólares à Sonangol para a instalação de um centro de investigação e tecnologia.

A empresa, reconhece, no entanto, não haver informações sobre os trabalhos da criação do centro.

De acordo com a agência Reuters, a Statoil negou qualquer irregularidade no negócio e a polícia também revelou não estar em curso qualquer investigação criminal.

O encontro, disse a polícia em comunicado, “é normal, faz parte das nossas actividades preventivas ter certos contactos com as companhias”.

Em carta apresentada no Parlamento norueguês, o ministro do Pertróleo esclareceu que os pagamentos foram feitos ao longo de um período de quatro anos para a instalação de um centro de investigação e tecnologia

A empresa Statoil garantiu que os pagamentos "não violam a legislação anti-corrupção".

Entretanto, a estatal norueguesa reconhece existir poucos progressos na criação do tal centro.

A Sonangol não se proncuniou ainda sobre o assunto.

A gigante petrolífera norueguesa Statoil é detida em 67 por cento pelo Estado e desenvolve actividades em Angola desde 1991.

A empresa produz cerca de 200 mil barris por dia, quase 10 por cento da produção total de Angola.