Polícia com mandado para prender seis militares da Renamo

São acusados de invasão, rapto e tortura de membros da Frelimo em Sofala.

A Polícia de Sofala, no centro de Moçambique, anunciou ter uma ordem judicial para capturar seis militares da Renamo e o delegado político distrital do partido em Nhamatanda, acusados de invasão, rapto e tortura de membros da Frelimo, partido no poder.

Sididi Paulo, oficial de imprensa no comando da Polícia de Sofala, disse que o tribunal emitiu um mandado de captura contra Joaquim Trinta e outros seis militares da Renamo em Nhamatanda, acusados de uso de arma de guerra, AK47, com as quais balearam um secretário de bairro e o seu filho, além de arrombar uma casa para raptar o proprietário.

“Sobre este cidadão, o delegado politico da Renamo, há um mandado de captura, por do dia 3 de Fevereiro, no distrito de Nhamatanda, Joaquim Trinta, delegado distrital da Renamo na companhia de outros seis cidadãos também pertencentes à Renamo, por meio de armas de guerra AK47 terem arrombado a porta de um cidadão, destruindo os seus bens”, acusou Sididi Paulo.

Ele contou ainda que “depois, balearam também o filho deste cidadão, que sofreu ferimentos ligeiros na perna esquerda, e raptaram um secretário do partido Frelimo”.

Em Janeiro, a Polícia anunciou o início de uma investigação para apurar a denúncia da Frelimo na Beira, que acusava a Renamo de estar a sequestrar e a intimidar os seus dirigentes nos distritos de Gorongosa, Maríngue, Cheringoma, Chemba, Muanza, Nhamatanda e Chibabava, fiéis ao partido de Dhlakama.

Na mesma altura, a Renamo igualmente acusou a Frelimo de estar a raptar e a executar seus membros e apoiantes em vários distritos das províncias de Manica e Sofala.

Nas últimas duas semanas pelo menos três casos de execução foram denunciados pela Renamo e confirmadas pela Polícia.