Moçambique precisa de 300 milhões de meticais para repor danos das inundações na zona norte

Cheias em Nampula, Moçambique, 2017.

Anualmente, chuvas destroem praticamente as estradas, pontes, entre outras infraestruturas, o que leva os críticos a questionarem a qualidade das obras públicas.

O Governo de Moçambique precisa de 300 milhões de meticais (cerca de cinco milhões de dólares) para repor os danos acusados pelas chuvas intensas, nas províncias da Zambézia, Nampula, Niassa e Cabo Delgado.

Os primeiros dados apontam para a destruição parcial de oito unidades sanitárias, 378 salas de aulas, nove óbitos e mais de 15700 famílias afectadas. Estes números foram divulgados no Conselho Coordenador de Gestão de Calamidades que reuniu, nesta segunda-feira, 22, em Maputo.

O valor foi apresentado pelo ministro das Obras Públicas e Recursos Hidricos, Carlos Bonette,

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Mau tempo faz estrados no norte

"Queremos trabalhar através do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades, junto do ministério da Economia e Finanças no sentido de uma mobilização imediata de fundos", disse Bonette.

Para o director-geral do Instituto de Gestão de Calamidades, João Machatine, ainda não é necessário efectuar um pedido de ajuda internacional, dada as provisões feitas pelo governo, tendo em conta ocasiões anteriores.

"O nosso desafio é cada vez mais ter capacidades próprias instaladas de responder a esses eventos, que não são novos; são eventos recorrentes e nós temos estado a aprender cada vez mais com eles", disse Machatine.

Machatine rcomentou que "não estamos a dizer que caso atinja uma situação tal que ultrapasse as nossas capacidades de resposta não possamos accionar o apelo internacional, mas não é o caso".

Anualmente Moçambique tem sido afectado por chuvas intensas, que destroem praticamente as estradas, pontes, entre outras infraestruturas, o que leva os críticos a questionarem a qualidade das obras públicas.