Malanje: Tensão entre moto-taxistas e polícia

Motoqueiro e carro da polícia

Autoridades dizem estar apenas a fazer respeitar o código de estrada

Na província angolana de Malanje, regista-se uma crescente tensão entre os moto-taxistas e as autoridades policiais que os “motoqueiros” acusam de prepotência e abusos.

A polícia diz estar empenhada em fazer respeitar o código de estrada e o registo dos moto-taxistas e rejeita as acusações

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Motoqueiros queixam-se de perseguições em Malanje, planeiam protesto - 2:26

Um moto-taxista está detido desde quarta-feira, 8, depois de um grupo se ter manifestado contra o posicionamento das autoridades.

As autoridades policiais não se pronunciaram sobre a detenção de Laurindo Armindo Caboloca.

Outros levantamentos públicos estão a ser preparados pelos “motoqueiros” para exigir a libertação do colega e a revisão da medida policial.

Moisés Munana acusou também a polícia de prender os taxistas “sem motivos”.

Avelino disse que a polícia está a confiscar as motos perfeitamente legalizadas e depois os força a pagar 48 mil kwanzas “pré-pago no banco” antes de libertar as motorizadas.

O director provincial de Viação e Trânsito, Cristóvão da Gama, disse que a missão do órgão é a reposição da legalidade e retirar do mercado de táxis motos e viaturas não licenciadas.

Angola Malanje Comissário José Bernado, delegado do Minit (esquerda) e José Muhongo, presidente da CPE

“O código de estrada no seu artigo 4º diz que a desobediência deste comunicado e das outras normas estabelecidas no código de estrada implica sanção”, justificou a polícia depois de emitir um comunicado sobre o assunto.

O comandante provincial da Polícia Nacional, comissário António José Bernardo, disse que a acção policial é para o bem de todos quanto usam as estradas.

“Nós, enquanto autoridade, enquanto Polícia não temos outra missão senão proteger-vos, quando vocês estiverem legais quem vai vos proteger em primeira instância somos nós”, afirmou Bernardo, acrescentando que “aquele que incorrer num abuso contra vocês será por nós detido”.