José Eduardo dos Santos pede à China moratória do pagamento da dívida

José Eduardo dos Santos

Detalhes dos acordos assinados ou por assinar continuam por revelar.

O Presidente angolano José Eduardo dos Santos pediu ao Governo chinês, uma moratória de pelo menos dois anos no pagamento da dívida àquela país e a concessão de novas linhas de crédito ou a ampliação das já existentes.

Santos disse que Angola pretende continuar a realizar acções conjuntas com a China nos domínios das infra-estruturas básicas e económicas, bem como da educação, ciência, energia e águas, agricultura, indústria transformadora, geologia e minas, formação de técnicos e especialistas.

No seu discurso, na presença do seu homólogo chinês Xi Jinping, o Presidente angolano reconheceu que o seu país enfrenta um problema sério resultante da economia essencialmente dependente da exportação de um único produto, que é o petróleo bruto, que representa cerca de 90 por cento do total das exportações angolanas.

“A condição indispensável para continuar a ter bons resultados na economia e na cooperação bilateral é conduzir a aplicação de uma política macroeconómica que garanta a estabilidade e o crescimento económico sustentável”, apontou Santos, citado pela Angop.

Quanto à “parceria estratégica” entre Luanda e Pequim, José Eduardo dos Santos defendeu o estabelecimento de “acordos bilaterais para acelerar a aplicação do Programa de Diversificação da Economia, tendo em conta a nossa capacidade tecnológica e os meios necessários que o país detém”.

Neste contexto, frisou que o Estado angolano pretende renegociar os actuais termos da dívida, solicitando uma moratória de pelo menos dois anos no pagamento, negociar nos acordos de financiamento, uma vez que os recursos da linha de crédito da China têm sido uma das principais fontes de financiamento das acções executadas e a executar no sector público e privado.

Refira-se que, até agora, não foram revelados quaisquer números sobre os acordos assinados ou por assinar.

A visita de José Eduardo dos Santos à China termina este domingo.