Joaquim Chissano: Africanos estão mais unidos, mas devem erradicar conflitos e apostar na educação 

Joaquim Chissano, Moçambique

Antigo Presidente de Moçambique, Joaquim Chissano, diz que os africanos estão mais unidos e coesos e que a União Africana é indispensável ao desenvolvimento do continente.

Your browser doesn’t support HTML5

Joaquim Chissano: Africanos estão mais unidos, mas devem erradicar conflitos e apostar na educação

O ex-estadista moçambicano defende, porém, a adopção de reformas profundas na área da educação e um esforço maior para erradicar os conflitos internos e a corrupção, nos países do continente.

"Já avançamos muito em matéria de educação, mas a educação ainda não deu os frutos necessários para nós nos apropriarmos dos nossos recursos, para podermos transformar esses nossos recursos em valores para alimentar, de todas as formas, os nossos povos", diz o ex-estadista.

"É preciso que os países façam reformas muito fortes na área da educação para que possamos conquistar a ciência e a tecnologia,"diz.

Veja Também Carlos Lopes diz que África vai sofrer mais do que outras regiões, mas pode vencer a crise económica

Em relação à conflitos, Chissano diz que "ainda há países que favorecem interferências externas e que não estão muito firmes na convicção de que, juntos, podemos marchar com sucesso e podemos nos valer dos nossos próprios meios. Portanto, há ainda problemas de corrupção dentro dos Estados."

Veja Também Países pobres terão dificuldades na eventual vacinação contra o coronavírus, alertam especialistas

Chissano mostra-se muito preocupado com o novo coronavírus. Diz que a pandemia é um problema muito sério e que os países devem cooperar mais para dar uma resposta mais forte e evitar o contágio massivo da população.

Ele acredita que os países africanos estão a saber dar resposta à Covid-19, mas reconhece que a crise pandémica está e vai criar muitos problemas.

Diz Chissano que "enquanto não se descobrir um remédio há-de ser uma grande preocupação. Por enquanto, daquilo que se sabe, é preciso cumprirmos com as medidas que já foram preconizadas".