Irão lança ataques com mísseis balísticos contra duas bases americanas no Iraque

Imagem de arquivo: Base Aérea de Al-Asad no deserto de Anbar, Iraque. 29 de Dezembro, 2019.

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos, Pentágono, confirmou que duas bases no Iraque, onde se encontram forças americanas e iraquianas, foram atingidas por mísseis balísticos nesta terça-feira, 7.

A Guarda Revolucionária do Irão assumiu a responsabilidade pelos lançamentos dos mísseis.

Uma das bases é Ain Al-Asad, no oeste do país, visitada no passado pelo Presidente Donald Trump.

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A agência de notícias iraniana Mehr confirmou o ataque e, mais tarde, outros meios de comunicação confirmaram uma segunda onda de mísseis.

O líder supremo, o Ayatollah Ali Khamenei está no centro de controlo das operações e, segundo a imprensa local, ameaça atacar outras bases americanas na região.

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Por agora não há informações sobre vítimas ou danos, mas o Pentágono confirmou que os seus oficiais estão “a avaliar as consequências dos ataques”.

Em nota, reiterou que “está claro que esses mísseis foram lançados do Irão".

Uma fonte militar disse à correspondente da VOA no Pentágono que "o jogo mudou".

Trump reúne equipa de segurança nacional

A porta-voz da Casa Branca, Stephanie Grisham, revelou em comunicado que o Presidente foi informado no momento dos ataques e que de seguida reuniu-se com os seus assessores.

Mapa das bases militares atacadas no Iraque, pelo Irão

“Estamos cientes dos relatos de ataques às instalações dos Estados Unidos no Iraque. O Presidente foi informado e está a acompanhar a situação de perto em consulta com a sua equipa de segurança nacional”, afirmou Grisham em comunicado.

A rede de televisão pública do Irão adiantou que o ataque é parte da operação de vingança de Teerão, chamada de "Mártir Soleimani", contra a morte do general Qassem Soleimani, morto na semana passada por um ataque aéreo americano no Iraque.

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A base aérea de Ain Al-Assad fica começou a ser usada pelas forças americanas depois da invasão do Iraque por Washington em 2003, serviu de apoio à luta contra o Estado Islâmico e alberga cerca de 1.500 soldados americanos.

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