Intenção de segundo mandato de Sissoco Embaló divide analistas guineenses

Úmaro Sissoco Embaló, Presidente da Guiné-Bissau

A aspiração do presidente Umaro Sissoco Embaló em concorrer para o segundo mandato é para alguns analistas uma acçāo normal e para outros precipitada.

"Penso que é natural a sua aspiração de fazer o segundo mandato”, diz Ismael Sadilú Sanha, especialista em relações internacionais. “Mas, vale ressaltar que, na Guiné-Bissau, é difícil prever o futuro, uma vez que os actores são imprevisíveis".

Sanha diz ainda que Embaló “não é um estratega, mas sim um táctico” que usa “sabiamente a velha máxima: dividir para melhor reinar; tem conseguido controlar o Governo ao retirar, de forma subtil, o poder ao Primeiro-ministro; e só não o demitiu ao recear violar o acordo entre eles”.

Veja Também Úmaro Sissoco Embaló "aponta" para dois mandatos da "geração de concreto"

Umaro El Mocktar Sissoco Emabaló disse, em finais de 2020, que “vão ser 10 anos de grandes desafios”, de mandatos de “reformas”.

Mas para isso acontecer, o analista político Rui Jorge Semedo deixa dois recados para o estadista: procurar estabelecer uma relação profícua e consistente com a Constituição da República, coisa que ele ainda mostra ter muita dificuldade; e flexibilizar e criar uma relação de interdependência de parceria institucional, que também ainda não se verifica, pelo menos nestes primeiros dez meses do seu mandato”.

Acompanhe:

Your browser doesn’t support HTML5

Intenção de segundo mandato de Sissoco Embaló divide analistas guineenses