Huambo: Eleitores duvidam das promessas dos partidos políticos

  • Norberto Sateco

Cidade do Huambo, Angola

Oposição voltar a ameaçar impugnar resultados eleitorias em zonas intolerantes e MPLA aposta em "corrigir o que está mal e melhorar o que está bem”

Alguns eleitores na provincia angolana do Huambo levantam sérios receios sobre a materialização das promessas eleitorais das formações politicas concorrentes às eleiçoes gerais de 24 de Agosto.

A duas semanas da realização das quintas eleições gerais no país, apenas tres partidos, MPLA, UNITA e PRS, disputam com maior acutilancia os cinco deputados no circulo provincial.

A campanha ao rubro e as promessas eleitorais têm sido vista com bastante cepticismo pelos cidadaos que afirmam querer ver para crer a julgar pelo histórico dos pleitos anteriores.

“A campanha está mais ou menos, prefiro ver para crer, pois muitos políticos não cumprem, como a APN fez no Namibe, dizendo que vai fazer de Angola um Dubai”, afirmou João Armindo.

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Outro cidadão que se identificou apenas como José disse que “essa coisa de meter escolas, hopitais ainda não vimos nada , por isso não posso acreditar nisso das campanhas”.

Em meios a receios e incertezas ainda há quem acredita na mudança, participando de forma pacífica na votação do dia 24.

“Temos a oportunidade de mudança ao votar e podermos controlar o nosso voto”, sublinhou Antonio Costa.

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Quanto às promessas dos partidos concorrentes, a UNITA diz devolver ao Huambo a condição de segundo parque industrial do país.

Contundo, Navita Ngola, daquele partido, volta a queixar-se de intolerância e ameaça “impugnar resultados eleitorais em algumas zonas”.

Para o PRS, para além da implantação do federalismo, pretende subvencionar sementes e materias para alanvancar a produção agricola, uma vez que o Huambo tem fortes potencialidades.

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“Vamos acabar com a fome e a pobreza no Huambo e no país”, disse Solia Selende.
Já a estreante no pleito, a líder do Partido Humanista de Angola, sem bastante notoriedade nesta regiao, Bela Malaquias promete melhor “a condição de pobreza a que está votada a mulher no campo”.

Para Lotti Nolika, do MPLA, o partido luta para a continuidade na governação e manter o seu programa “que visa corrigir o que está mal e melhorar o que está bem”.