O número de mortos devido à passagem do ciclone Idai por Moçambique pode ascender a mil e não ficar nos 84 anunciados oficialmente, admitiu o Presidente Filipe Nyusi nesta segunda-feira, 18.
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Filipe Nyusi admite que ciclone pode ter deixado mais de mil mortos
"Até ao momento, formalmente, há registo de acima de 84 óbitos, mas tudo indica que poderemos registar mais de mil óbitos", afirmou Filipe Nyusi, numa declaração à nação, na qual revelou que mais de 100 mil pessoas da região têm a vida em perigo.
"As águas dos rios Púngoè e Búzi transbordaram fazendo desaparecer aldeias inteiras e isolando comunidades, vêem-se corpos a flutuar, portanto um verdadeiro desastre humanitário de grandes proporções", acrescentou Nyusi.
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Idai mata mais de 80 pessoas no centro de Moçambique
O Presidente moçambicano lembrou que “este desastre natural deixou grande parte da zona centro sem energia eléctrica, a região também deixou de ter abastecimento de água potável e comunicações, além ter afetado o funcionamento normal dos hospitais, escolas e demais instituições públicas e privadas".
Antes, Paulo Tomás, porta-voz do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades de Moçambique, indicou que o número de vítimas mortais.
Os níveis de destruição são descritos como assustadores e na Beira, segundo o Governo, mais de mil casas terão sito total ou parcialmente destruídas, havendo registo de mais de 1.400 pessoas feridas.
Para a Cruz Vermelha, os danos são imensuráveis por agora.
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Ciclone Idai: Presidente moçambicano fala na possibilidade de mil mortos
"A situação é terrível. Os meios de comunicação estão totalmente cortados e as estradas estão destruídas. Muitas localidades são inacessíveis", afirmou o responsável da Cruz Vermelha Jamie LeSueur, citado no comunicado.
Ele adiantou que “a situação pode ser pior fora da cidade” da Beira.