Observatório Eleitoral Angolano defende auditoria ao registo eleitoral

Luís Jimbo pede transparência no processo eleitoral

Luís Jimbo diz que eleições devem promover a reconciliação nacional

O coordenador do Observatório Eleitoral Angolano, Luís Jimbo, considera que os partidos políticos e o Governo angolano deviam encarar o registo eleitoral transparente dos cidadãos com vista às eleições deste ano como uma oportunidade para promover a paz e a reconciliação nacional, cuja data se assinala nesta terça-feira, 4.

Jimbo defende uma auditoria aos números do registo eleitoral antes de o processo ser encaminhado à Comissão Nacional de Eleições.

“É preciso que os partidos políticos, o Governo e a Comissão Nacional Eleitoral encarem este processo como uma oportunidade para estabelecermos linhas basilares que promovam a paz e a reconciliação política em Angola”, afirma Jimbo à VOA em jeito de rescaldo do registo eleitoral, cujo processo terminou na passada sexta-feira.

Aquele responsável lamenta que não tenham sido incluídos representantes da sociedade civil no processo, o que evitaria muita suspeição sobre o registop eleitoral.

“O registo terminou com números, mas há muitos desafios por vencer”, sublinha.

Luís Jimbo defende que o FICRE (Ficheiro Central do Registo) deve ser auditado antes de ser entregue à Comissão Nacional Eleitoral (CNE) para aferir que os dados garantem a transparência que se pretende do processo, sublinhando que o Governo tem de dar respostas convincentes às inquietações dos partidos políticos por se tratar de uma peça fundamental do processo democrático.

Jimbo receia, entretanto, que o próximo acto eleitoral venha a conhecer uma profunda abstenção devido à mobilidade dos cidadãos nas principais cidades do país e pelo facto de não ter havido uma profunda educação cívica no seio das comunidades rurais.