Dívidas ocultas: Extradição de Manuel Chang no centro de expectativas 

Arquivo: Manuel Chang, em tribunal a 8 de Janeiro de 2019. Kempton Park, África do Sul

O Fórum de Monitoria e Orçameto (FMO) acusa a Procuradoria Geral da República de estar a realizar gastos desnecessários do dinheiro público, para pagar despesas de tentar forçar a extradição do antigo Ministro da Economia, Manuel Chang para Moçambique.

Veja Também

Dívidas ocultas: Extradição de Manuel Chang no centro de expectativas 

O FMO reagia assim à última actualização sobre o processo, feita pelo ministro sul-africano da Justiça e Assuntos Correcionais, Ronald Lamona, que deu conta de que a decisão final da extradição, está na mesa do Tribunal Constitucional de Recurso.

"Nós até entendemos esse processualismo que é legal, mas continuamos preocupados com os gastos que a Procuradoria Geral continua a fazer (...) dinheiro público que os moçambicanos não têm, para investir no processo de trazer Chang para Moçambique" lamentou Adriano Nuvunga, coordenador do FMO.

Veja Também "Dívidas Ocultas: Credit Suisse aceita pagar 22,6 milhões de dólares a detentores de títulos

Por outro lado, e contrariamente ao FMO, o jurista Rodrigo Rocha considera que a melhor jurisdição para julgar Chang é a moçambicana, ainda assim, considera que numa situação em que está a ser procurado por duas jurisdições, o mais importante é que seja julgado.

"Não devemos nos desesperar nem considerar que há uma batalha moral ganha, nem uma batalha jurídica ganha, se o primeiro país julgar for os Estados Unidos da América ou Moçambique" disse Rocha, realçando que o mais importante é que haja julgamento.

Veja Também Caso Manuel Chang: "Braço-de-ferro" pode continuar na justiça sul-africana