Coreia do Norte aceita negociar reencontro de famílias com o Sul

A Coreia do Norte concordou esta segunda-feira com o início de negociações com o Sul sobre a organização de reuniões entre famílias que ficaram separadas quando a península ficou dividida em dois países. O anuncio foi feito pelo governo de Pyongyang, que adiantou que as negociações serão já terça-feira e decorrem em Panmunjom, onde foi assinado o armistício de 1965 que cessou a guerra entre o Norte e o Sul.

"Felicitamo-nos por o Norte ter aceite finalmente discutir estas reuniões", disse o porta-voz do Ministério para a Reunificação do governo de Seul (Sul), Kim Eui-Do, durante uma conferência. "Uma vez que se trata de um assunto urgente, vamos começar a preparar estas reuniões o mais rapidamente que for possível", disse, citado pela AFP.

O governo do Norte, país liderado por Kim Jong-un, cancelara em Setembro passado os reencontros entre famílias separadas pela guerra coreana de 1950-53. Argumentou, então, que a decisão se devia à "hostilidade" do Sul. Tratou-se, segundo os analistas, de uma represália pelos exercícios militares sul-coreanos em parceria com os Estados Unidos da América marcados para o fim de Fevereiro. Estas manobras conjuntas realizam-se todos os anos.