Combater a morte de mulheres no Cuango

Coque Mukuta na Lunda Norte

O administrador do Cuango na Lunda Norte disse a Voz da América que a morte das mulheres preocupa o executivo.

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Educar a população


Já estão a trabalhar para identificar as verdadeiras causas uma das medidas tomadas - solicitação do sinal da Televisão Pública de Angola, e a criação de uma radio comunitária para sensibilizar as populações para melhor colaborar com as autoridades e elevar o nível cultural das populações a não acreditarem em praticas pouco comuns, como a crença na feitiçaria.

A morte das senhoras na região diamantífera das Lundas preocupa as entidades do Cuango. Segundo Luís Figueiredo Muambongue, administrador daquele município o disse ainda haver apenas 12 casos de senhoras mortas nas lavras.

“É um fenómeno hediondo que nos choca a todos nós, principalmente nós como autoridades deste município desde 2010 em que aconteceu o primeiro caso já aconteceram 12”, disse.

Populares da Lunda Norte disseram a Nossa Reportagem que as mulheres estão impedidas de irem às lavras sozinhas, por receio de que sejam mortas e sejam retirados os órgãos genitais.

O Procurador Municipal falou apenas em uma senhora que foi lhe retirado os órgãos genitais. Para transmissão de valores que levam a não acreditarem em crença feiticista, e para a sensibilização das populações para melhor colaborar com as autoridades o Administrador diz que já pediu o sinal aberto da televisão publica de angola e montou uma emissora comunitária na zona do Cafunfu que será inaugurada brevemente.

“Já fizemos o pedido do sinal da TPA para aqui na nossa zona e montamos uma emissora de radio comunitária os técnicos brasileiros que estão neste projecto disseram que falta uma peça que é uma bateria para começar a radio comunitária aqui no nosso município”.

Luís Figueiredo Muambongue, disse também que em relação a manifestação realizada pela organização do PRS, terá sido muito violenta e com intenções de fazer mal ao alegado mandante das mortes das senhoras, de nome, Carlos Joy Fernando Paixão, mais conhecido por “Joy”, que na altura, havia sido acusado pelo preso José Kauele, de ter lhe orientado a execução física da sua esposa.

“O próprio líder da região, senhor Camone encabeçou a manifestação incluindo os seus militantes jovens e homens munidos de paus e pedra com objectivo de prender o mandante da ótica deles para ser linchado, naturalmente que a policia não permitiu isso, então agrediram alguns agentes da polícia que foram mesmo parar no hospital”.

“Acto continuo, vandalizaram bens e propriedades privadas, como casas motorizadas e viatura que estavam estacionadas na via publica, assim como invadiram o mercado municipal e assaltaram as senhoras que estavam a vender nas bancadas” acrescentou Figueiredo Muambongue