Cerca de 47 por cento de antigos militares aguardam pela reintegração

Antigos combatentes protestam por atrasos nas pensões (Arquivo)

Perto de 15 mil ex-militares desmobilizados ao abrigo dos acordos de paz desde Bicesse em 1992 e aos que se seguiram em Angola estão ainda por reintegrar na província da Huíla, anunciou o Instituto de Reintegração Social de Ex-Militares(IRSEM).

Dos 28.192 antigos militares desmobilizados apenas 13.194 foram reintegrados e assistidos através de projectos implementados pelo IRSEM, correspondendo apenas a 47 por cento do total de antigos militares.

O director do IRSEM na Huíla, José Cesário, revelou esses dados num encontro com o secretário de Estado da Assistência e Reinserção Social, Lúcio do Amaral, em Lubango.

Na ocasião, Lúcio do Amaral, preocupado com a lentidão do processo, disse que o Governo não pode sozinho resolver o problema e apelou ao envolvimento das várias sensibilidades na reintegração dos antigos combatentes.

«Este processo parece estar muito longe de conhecer o seu termo, isto significa, que se continuarmos a trabalhar neste ritmo vamos precisar mais de mais 22 anos para poder concluir com o processo. Por isso é que o Executivo tomou aquela iniciativa de que os órgãos transversais todos aqueles que fazem parte devem concorrer para que este processo tenham fim».

A reintegração condigna de antigos militares é um dos assuntos que a UNITA considera ser um dos pontos mal resolvidos no âmbito do processo de reconciliação nacional.