Caso Rússia-Afeganistão: Democratas dizem não estar convencidos com informações da Casa Branca

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Democratas em conferência de imprensa na Câmara, 30 de junho de 2020

Parlamentares democratas manifestaram nesta terça-feira, 30, a sua insatisfação com a forma como a Administração Trump tem reagido a alegações de que a Rússia ofereceu recompensas aos combatentes do Talibã para matar tropas americanas e da coligação da Nato no Afeganistão.

"A parte mais preocupante disso é que a Casa Branca não respondeu de forma clara", afirmou o presidente do Comité de Inteligência da Câmara dos Representantes, o democrata Adam Smith, à saída de uma reunião na Casa Branca.

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O encontro com deputados democratas visou compartilhar informações sobre a suposta conspiração russa, depois de ontem ter acontecido uma reunião semelhante com parlamentares republicanos.

Smith acrescentou ser “muito preocupante a resposta inicial de que eles só queriam ter certeza de que sabíamos que o Presidente não sabia de nada".

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“Na verdade, isso não é normal”, por parte da Administração, continuou o parlamentar democrata quem disse não ter ficado contente com a posição do Governo, apesar da Casa Branca ter dito que “tomou medidas”.

Tanto o Presidente Donald Trump como vários funcionários da Casa Branca sustentaram que o Chefe de Estado nunca foi informado sobre a iniciativa russa.

Entretanto, alguns responsáveis afirmam que evidências da oferta de Moscovo a Talibãs para matar americanos foram compartilhadas entre a comunidade de inteligência e com países aliados cujas tropas estavam potencialmente em risco.

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A imprensa americana revelou no fim-de-semana que num encontro diário do Presidente com as agências de inteligência em fevereiro, Trump foi informado da iniciativa russa e que ele não terá tomado qualquer iniciativa.

Entretanto, o representante democrata Adam Smith afirmou que de acordo com informações fornecidas hoje pela Casa Branca, “o Presidente deveria saber e com base no que nos disseram hoje, ele sabia".

Em comunicado na segunda-feira, o porta-voz do Pentágono Jonathan Hoffman, disse que o Departamento de Defesa "continua a avaliar as informações das agências", mas que até o momento não possui "evidências corroboradoras para validar as alegações recentes encontradas em relatórios públicos".

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