Caça furtiva com impacto negativo no ambiente e na economia de Moçambique

Dos 20 mil elefantes existentes há cinco anos, restam pouco mais de cinco mil

Ambientalistas queixam-se da fala de controlo

A governadora da província moçambicana de Sofala, Helena Taipo, assume que a caça furtiva está a ter um impacto ecológico e económico bastante negativo, sobretudo na Reserva Nacional de Marromeu, a única que pode suportar diferentes espécies de fauna bravia.

Ambientalistas queixam-se da falta de controlo rigoroso na exploração de recursos da fauna, um pouco por todo o país, sendo por isso que em algumas espécies os efectivos foram pura e simplesmente eliminados e noutras estão a baixar drasticamente.

A Reserva Nacional de Marromeu, no norte da província central de Sofala, é uma das áreas afectadas pela caça furtiva, que segundo a respectiva governadora, já assumiu contornos preocupantes.

Frente a esta realidade e sobretudo ao facto de que os furtivos entram na reserva através do rio Zambeze, o Governo provincial de Sofala, a par de outras actividades, decidiu colocar um barco de patrulha e fiscalização para fazer face à caça furtiva.

O administrador daquela reserva, Mateus Sidónio, também assume que a caça furtiva em Marromeu é preocupante, sendo por isso que a aposta é na protecção dos recursos que vão beneficiar as futuras gerações.

Outros ambientalistas exigem da parte do Governo um trabalho muito sério para combater a caça furtiva, que segundo o biólogo Carlos Bento, já dizimou o rinoceronte preto e está a ameaçar o elefante.

Há cinco anos, existiam em Moçambique cerca de 20 mil elefantes, mas actualmente estimam haver pouco mais de cinco mil.

A Reserva Nacional de Marromeu protege a maior zona húmida de Moçambique e foi criada com o objectivo de proteger a maior população de búfalos no mundo.

Nela existem várias espécies de aves e de mamíferos, entre os quais elefantes, búfalos, leões e leopardos.