Governo de Cabo Verde promete enfrentar problema de insegurança pública

Cidade da Praia, Cabo Verde

Analista avisa para perigo do se repetir os mesmos erros do passado.

O Governo de Cabo Verde anunciou o reforço do combate à delinquência juvenil e criminalidade, através de mais meios para o Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2017, nomeadamente o apetrechamento da polícia.

Esta posição decorre do estado de insegurança generalizada no país, considerado por muitos analistas e activistas sociais como um problema que urge enfrentar.

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Cabo Verde reforça orçamento de segurança

Entretanto, este fenómeno é visto pelo jurista e antigo comandante geral adjunto da Polícia de Ordem Pública, João Santos, como uma matéria muito sensível e que exige medidas de fundo.

João Santos, professor de Direito e criminalista cabo-verdiano

Santos disse à VOA ser “importante a implementação de medidas para reforçar a segurança, mas também deve-se fazer a avaliação das políticas executadas, porquanto só assim se poderá saber o efeito prático das medidas postas em acção”.

Para aquele jurista e professor universitário, tudo indica que o actual Governo está a seguir alguns caminhos construídos pelo Executivo anterior que, a seu ver ,não deram resultados.

João Santos considera que “não se deve continuar a aplicar medidas que no passado não foram eficazes”.

Já o ministro da Administração Interna afirma que o Governo tem o diagnóstico da situação e que está a trabalhar com afinco para criar as condições necessárias que permitam às forças policiais cumprir da melhor forma a sua missão.

Para além do aumento de meios materiais, Paulo Rocha fala do reforço de efectivos no próximo ano, com o recrutamento e formação de novos agentes.

O governante destaca que neste momento há reforço no patrulhamento dos principais centros urbanos, com estratégias bem definidas para cada ponto do país.

A questão preventiva revela-se importante, daí o ministro enfatizar “a necessidade de se fazer a fiscalização apertada no funcionamento dos bares, restaurantes e discotecas, locais onde há concentração de pessoas e consumo de bebidas alcoólicas”.

O ministro da Administração Interna espera que os cidadãos contribuam para o reforço da segurança, porquanto o trabalho da polícia é complementado com a estreita colaboração de todos.