Bissau: Procurador-Geral da República demite-se, Conselho de Estado apela à calma

Guiné-Bissau

O Conselho de Estado da Guiné-Bissau recomendou às forças políticas do país para que adoptem o diálogo e a concertação como fórmula para a resolução da mais recente crise política

Na Guiné-Bissau, o procurador-geral da República, Amine Saad, demitiu-se das suas funções. O presidente Malam Bacai Sanha,para o cargo deixado em aberto, nomeou Edmundo Mendes, até aqui director-adjunto da Polícia Judiciária. O novo procurador-geral da República é dos jovens elementos do Ministério Público que se tem destacado na Policia Judiciária, como um dos responsáveis na luta contra a droga no país.

Entretanto, O Conselho de Estado da Guiné-Bissau recomendou às forças políticas do país que adoptem o diálogo e a concertação como fórmula para a resolução da mais recente crise política que se assiste no país.

O presidente da República reuniu esta terça-feira o Conselho de Estado, seu órgão consultivo, que junta diferentes personalidades politicas e da sociedade civil. Entre estas figuras contam-se os presidentes da Assembleia Nacional Popular, do Supremo Tribunal de Justiça, o primeiro-ministro,os líderes partidos com representações parlamentares e cinco individualidades indigitadas pelo próprio Chefe de Estado.

O Chefe de Estado guineense que tem sustentado a sua agenda desde a semana passada com encontros partidários,da sociedade civil e diplomatas acreditados no país,em sessões de consultas. Tudo tem a ver com agitação política marcada, ultimamente, com manifestações da oposição, que exige a exoneração do primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior. Um assunto que foi, aliás, tema de destaque da reunião dos membros do Conselho de Estado.

À imprensa, no termo da reunião, Francisco Benante, porta-voz do Conselho de Estado, confirmou que o assunto sobre Gomes Júnior foi um dos temas abordados, apontando o diálogo como solução da actual crispação política entre o poder e a oposição,isto de forma a manter a estabilidade.E, justamente, sobre este particular é o entendimento do Conselho de Estado deve haver, sim, o diálogo, porquanto representa a fórmula mais sensata de preservar a estabilidade interna do país.

Fonte da reunião afirma que o Presidente da República manifestou, durante a sessão, a sua preocupação face à actual conjuntura política, que vai ser marcada, uma vez mais, com uma manifestação,na próxima sexta-feira, conforme anunciaram os responsáveis pelo movimento de protesto.