Situação militar tensa em Cabinda

Guerrilheiros da FLEC

Duas facções da FLEC dão conta de duas acções militares diferentes.

A facção da FLEC leal a Nzita Tiago reivindicou um ataque ontem em Cabinda… e a facção leal a Alexandre Tati afirma que se houve uma ofensiva das Forças Armadas Angolanas contra tropas rebeldes.

Sem esclarecimentos de Luanda fica a hipótese de se terem verificado dois ataques, um da FLEC e outro das FAA.

A facção leal a Nzita Tiago diz que atacou a escolta militar de uma viatura que transportava funcionários de uma empresa de prospecção de petróleo. O general Nhemba Pirilampo disse à VOA que no ataque as suas forças abateram um total de 12 militares e civis. Diz também que os ataques vão continuar até que Luanda aceite negociar a paz com Nzita Tiago em vez de manter conversações com Tati e Estanislau Boma

Aliás, o brigadeiro Gimbi Semfa, leal à facção da FLEC de Alexandre Tati afirma que três horas após o ataque de Nhemba um campo de Boma foi atacado pelas FAA tendo sofrido três mortos 4 dois feridos.

Levanta-se, assim, a hipótese de se terem registado dois ataques, mas Luanda ainda não confirmou qualquer acção militar contra as forças de Boma e descreveu o ataque de Nhemba como um acto terrorista.

Estanislau Boma lamentou que as suas forças tenham sido atacadas durante uma trégua e num momento em que se devia falar de paz. Não está fora de causa que a acção das FAA, como retaliação pelo ataque de Nhemba, tenha sido desencadeado contra o alvo errado – Boma.

Escute as entrevistas com o general Nhemba Pirilampo e o brigadeiro Gimbi Semfa.