Muitos professores no Kwanza sul sem qualificações - Sindicato

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Sindicalista acusa governo de dispender dinheiro em luxos para dirigentes e não na educação

O Sindicato dos Professores disse que há muitos docentes na província do Kwanza Sul sem qualificações.

O dirigente do sindicato na província, Celestino Lutukuta disse que há mesmo professores que não falam português e disse estar desiludido com o governo e o ministério da educação por considerar de pouco transparente o método que vem sendo aplicado na admissão de novos professores.
Lutukuta frisou que não se opõe à admissão de mais professores mas estes têm quer qualificações que possam “honrar a profissão”.

«Eu penso que num trabalho sério, num trabalho que ao nível das exigências que o próprio regulamento dos concursos prescreve, pensamos que alguns colegas não deviam ser admitidos. Não é que a gente não queira que colegas entrem mas gostaríamos que entrassem para o sector colegas que não mancham a reputação do sector e não mancham a reputação da classe docente. Um outro aspecto a tratar em relação a admissão de novos professores tem a ver com a exiguidade destes quadros que entram para o sector,» disse.

Celestino Lutukuta disse que a província regista um grande número de crianças fora do sistema normal de ensino mas como espanto assiste segundo ele cenas dramáticas que consubstanciam-se em gastos desnecessários do dinheiro do Estado.

«Há um exército de crianças fora do sistema de ensino mas a admissão de docentes é feita a conta-gotas,” diss ele.

“ Fala-se muito hoje da questão dos dinheiros porque o orçamento não é compatível para atender a demanda que o sector vive mas, o nosso espanto é que não há dinheiro para admitir muita gente para o sector de educação e em consequência disso está crescer o número de crianças fora do sistema mas continuamos a assistir a despesas exorbitantes para pessoas com cargos de direcção no governo e, em alguns casos até nos partidos políticos,” acrescentou.

“ É um paradoxo e eu não sei qual é a prioridade se é prioritário comprar um V-8 para um dirigente, para uma meia dúzia de responsáveis ou então é prioridade atender as crianças que estão fora do sistema de ensino,” disse Secretário provincial do Sinprof no Kwanza-Sul Celestino Lutukuta insatisfeito com métodos que estão ser utilizados em concursos públicos para admissão de novos professores.

Mas não é só no kwanza que há problemas com a educação. A falta de professores é também um problema grave na província do Uíge.

Em várias comunas a poucos quilómetros da capital dezenas de crianças estão sem professor há anos.

O Joaquim Junior enviou uma reportagem sobre o assunto que pode ouvir carregando na barra azul