Unita acusa MPLA de intolerância política em Malanje

UNITA

Em pleno mês da paz e reconciliação nacional em Angola aumentam as denúncias de intolerância política em quase toda extensão da província de Malanje.

Unita acusa MPLA de intolerância política em Malanje

Em pleno mês da paz e reconciliação nacional em Angola aumentam as denúncias de intolerância política em quase toda extensão da província de Malanje.

Esta quarta-feira, o secretário da Unita, António Pedro Magalhães, convidou os órgãos de comunicação social públicos e privados para responsabilizar o seu adversário político de realizar acções adversas ao convívio democrático.

No entender do representante do Galo Negro, o MPLA orientou uma campanha de recolha de cartões eleitorais dos cidadãos, utilizando as autoridades tradicionais e comerciantes de certa influência, está por detrás do desaparecimento da bandeira do Comité do Bairro da Passagem, comuna do Lombe, município de Cacuso, alegadamente por activistas orientados e das limitações das acções da Unita no município de Marimba.

“Usam métodos de intimidação, ameaças para aqueles cidadãos que não querem fazer a entrega os respectivos cartões, isso está a criar certo embaraço e os militantes da Unita e de outros partidos estão preocupados. Nós entendemos que não devíamos ficar com essa informação, devíamos, então fazer uma denúncia pública no sentido do MPLA rever imediatamente essa atitude.

Um outro dado é a retirada da bandeira na madrugada o dia 10”.

O MPLA, na voz do secretário provincial para os assuntos políticos e eleitorais, Lando David Pacheco, respondendo as acusações disse que não faz parte da cultura do seu partido instruir militantes para concretizar actos de vandalismo e contrários a legislação angolana por ser uma organização democrática aberta, engajada na convivência pacífica e na reconciliação nacional.

Em vésperas do pleito eleitoral a Unita inventa factos para desacreditar os fortes.

“A Unita procura formas de criar factos, acusando, sobretudo o MPLA para ver se encontra espaço de manobras e, nós pensamos que isso é um jogo sujo, a Unita deve ter momento de reflectir e avaliar o seu comportamento. Devo dizer também, que o nosso povo conhece a história de cada partido, por isso, faz jus e não adere a qualquer tipo de manifestação.

Então, faz-se julgamento dado a quem aderir, a quem apoiar, se não apoia a Unita não podemos ser acusados dessa situação”.

O responsável do partido do governo disse que “para denúncia é bom sempre identificar as pessoas e caso conheça as pessoas que leva às instâncias judiciais, porque de quantas e quantas bandeiras nossas também desapareceram? Alguma vez nós viemos atirar ou acusar a Unita? – Respondeu: Não!

Nós fizemos as pesquisas se encontramos as pessoas nós levamos as autoridades competentes, senão apanhamos os autores calamos-nos, portanto, essa é a atitude que a Unita deve ter”.

Os insucessos da Unita na sua expansão nada tem a ver com o trabalho político do MPLA, garantiu Lando David Pacheco que sugere aos responsáveis daquele partido a encontrarem formas viáveis para a implantação e não usarem muletas, neste caso o principal adversário político.

A conferência de imprensa ocorreu na sede da Unita em Malanje, com a presença de jornalistas de órgãos de comunicação social privados.