Discurso de Eduardo dos Santos vai ser como "os de Castro ou Pinochet" - diz analista

Discurso do Presidente da República na sessão de abertura da Assembleia Nacional, na segunda-feira, é um imperativo constitucional
Na próxima segunda-feira, dia 15 de Outubro José Eduardo dos Santos, Presidente da Republica de Angola discursa pela segunda vez à nação, na Assembleia Nacional.

A primeira aconteceu também em Outubro, mas no dia 18 do ano de 2011. O discurso do Presidente da Republica na casa das leis do país é um imperativo constitucional, dos artigos 118 e 119, da lei magna de 5 de Fevereiro de 2010.

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Discurso de Eduardo dos Santos

Este ano José Eduardo dos Santos já se dirigiu à nação, não no parlamento mas na Praça da Republica em Luanda, no acto de investidura do presidente e vice-presidente da republica. Na ocasião, José Eduardo deixou patente que o seu mandato vai primar por renovação, na continuidade.

"Este executivo, dirigido por mim, vai primar por uma governação de renovação na continuidade; renovar o que está mal, para melhorar e continuar a apostar em novas obras", declarou o presidente.

José Eduardo dos Santos, no poder em Angola desde 1979. Afinal o que se espera do discurso à nação de José Eduardo dos Santos, na próxima segunda-feira?

O observador de politica nacional, Domingos Teixeira, licenciado em Ciência Política pela Universidade Agostinho Neto, sustenta que não se espera por grandes novidades.

"Por mim, é mais um discurso dos discursos, o que se espera de um discurso de Fidel Castro, Raul Castro ou Pinochet? Os discursos são permanentemente os mesmos, com abordagem de manter as pessoas estáticas nos mesmos lugares; não permitir que as pessoas pensem muito, e aí aparece a media que sustenta estes lideres, para dizer que está tudo bem, e nunca as coisas mudam" diz Teixeira.

A preocupação destes lideres, segundo o analista politico, vai sempre na contra-mão dos interesses do povo.

"Estes lideres de 20, 30 anos não estão preocupados com o povo; estão é preocupados com a manutenção do seu poder; no entanto há uma distancia muito grande, entre o que dizem e o que deixam de dizer, porque eles não tem compromisso com o povo".