Angola com a mais alta taxa de mortalidade infantil do mundo

Foto de arquivo

OMS contraria versão oficial sobre esperança de vida.

Angola registou a mais alta taxa mortalidade do mundo em 2015 e a segunda pior taxa de esperança de vida à nascença, de acordo com o relatório de 2016 da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado nesta quinta-feira, 19, em Genebra, na Suíça.

Em 2015, 156,9 crianças até cinco anos morreram por cada 1.000 nascidas vivas, enquanto por cada 100 mil nados vivos morreram 477 mães.

Ao contrário do que revelou em Março o Governo angolano, ao anunciar que a esperança de vida à nascença é de 60,2 anos, com base no censo realizado em 2015, a OMS diz que ela não passa de 50,1 anos, a segunda pior do mundo.

No ano passado, a esperança de vida nas mulheres foi de 54 anos e de 50,9 anos nos homens, de acordo com o relatório divulgado hoje.

Quanto à expectativa de uma vida saudável à nascença, a OMS concluiu que ela é de apenas 45,8 anos, sem dúvida uma das mais baixas do mundo.

No toca ao acesso a fontes de água potável, aquela agência da ONU indica que Angola é o pior em África, com apenas 49 por cento da população a beneficiar-se desse bem, enquanto apenas 52 por cento tem o acesso a saneamento básico.