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"Existe o problema, mas temos que nos focar nas soluções", foi a principal mensagem deixada pela jurista e rapper Helena Isabel Luas de Morais, cujo nome artístico é Baby Helly no programa “Angola Fala Só”.
Enquanto no aspecto musical Baby Helly sublinhou a necessidade de uma componente social e política no rap, já no aspecto politico e judicial ela manifestou optimismo quanto às mudanças que sucedem em Angola.
“Não sou pessimista”, disse afirmando durante o programa ver a vida “de uma perspectiva positiva”.
Embora tenha reconhecido que continua a existir muito cepticismo quanto à governação de João Lourenço, para Baby Helly o actual Governo “é uma luz no fundo do túnel”.
Um ouvinte, contudo, discordou afirmando que embora tenha havido entusiamo no início da governação “nada mudou” e acrescentou duvidar que muito venha a mudar em termos das condições sociais da maioria dos angolanos.
“A luz no fundo do túnel apagou-se”, disse o ouvinte.
Também no aspecto judicial, a cantora e advogada, vê melhorias.
Até 2017 poderia levar seis meses ou ano para se obter um despacho, mas “agora já se pode sentir que são mais céleres”.
O caso da morte de uma zungueira em Luanda atingida a tiro pela polícia foi um dos tópicos mais abordados, tendo “Baby Helli” advogado que a polícia tem à sua disposição meios não letais para lidar com possíveis problemas e criticou o que disse ser a falta de controlo que leva a que exista no seio das forças de segurança “uma prepotência exacerbada”.
Ela defendeu a Operação Resgate como algo necessário “para se pôr os pontos nos "i” na desordem que reinava.
“Baby Helli” sublinhou a necessidade das pessoas verem os problemas do ponto de vista dos outros.
“É preciso criar empatias", afirmou, o que para ela "é um sinal de maturidade”.
No que diz respeito à música, a rapper disse que muitos em Angola “banalizaram o rap” dando mais enfâse “ à vida boémia e festas “ do que a questões sociais.
“Está-se mais na vertente de vender do que consciencializar”, sublinhou “Baby Helli”, para quem uma das componentes da sua música é a situação das mulheres que ela vê em paralelo com a situação no restante de África.
“O continente africano é explorado como as mulheres são exploradas”, denunciou.
A cantora - que elabora as letras das suas músicas – tenciona dar um espetáculo no próximo dia 31 de Março e publicar um álbum dentro do próximo ano.