Contagem de Votos no Togo

No Togo procede-se já à contagem dos votos das eleições presidenciais de quinta-feira, consideradas por muitos observadores como um teste à democracia neste país da África Ocidental.

Seis candidatos desafiaram o actual presidente Faure Gnassingbe, que subiu ao poder há cinco anos, após a morte do seu pai, Gnassingbe Eyadema., que governou o Togo durante 40 anos. Gnassingbe votou em Lomé, mostrando-se confiante de que vai vencer.

O principal opositor eleitoral, Jean-Pierre Fabre, também se mostra confiante de que será ele a vencer o escrutínio afirmando que os togoleses estão "desejosos de uma mudança" o que se irá reflectir nos votos.

A última eleição presidencial, altamente contestada, em 2005, resultou numa onda de violência de que centenas de pessoas morreram e dezenas de milhar doutras ficaram desalojadas. Nas semanas que antecederam a votação desta quinta, os partidos da oposição acusaram o governo de estar a planear fraudes eleitorais.

Desta feita, as forças de segurança votaram três dias antes do resto dos eleitores, por forma a estarem presentes junto às urnas durante a votação.

O actual presidente do Togo, Faure Gnassingbe, recorda o drama de 2005 melhor do que a maior parte dos seus concidadãos. Entre protestos generalizados do público, Faure Gnassingbe candidatou-se às presidenciais de 2005, que ganhou, concorrendo agora à sua á sua reeleição.

Durante o discurso de campanha, que terminou em Lomé, capital do país, Faure Gnassingbe exortou os eleitores a permanecerem calmos.

Entre os seis que concorreram contra Gnassingbe está também Yawovi Agboyibo, de 43 anos de idade, do Partido da Comissão para a Renovação, o qual disse à Voz da América esperar que a eleição de 2010 assinale um novo começo, uma nova era de esperança na política togolesa.

Entretanto, a candidata, na dianteira, Brigitte Adjamagbo-Johnson, é a primeira mulher togolesa a concorrer a umas eleições presidenciais do Togo. Prometeu lutar pelos direitos da mulher por melhor acesso aos cuidados de saúde, energia eléctrica e água potável para todos.

A ONU, através do seu porta-voz, Martin Nesirky, exortou todos os envolvidos nas eleições a assegurarem que a votação seria livre e justa, pacifica, por forma a "reflectir a vontade do povo togolês."

As únicas eleições democráticas no Togo foram as parlamentares que tiveram lugar em 2007.

As eleições foram observadas pela União Europeia, e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental.