O presidente do Banco Mundial, Paul Wolfowitz manifestou-se optimista quanto à possibilidade de serem ultrapassados os problemas técnicos que bloqueiam a aplicação dos programas de alivio de divida as nações africanas pobres.
O programa no valor de 40 mil milhões de dólares, aprovado em Julho pelas sete nações mais ricas do mundo, visa eliminar a divida estrangeira de algumas das nações mais pobres do continente africano.
A sua aplicação tem sido protelada pelos receios levantados por parte de alguns países do Banco Mundial que as nações ricas possam reduzir as suas contribuições para aquela instituição, à medida que sejam canceladas as dividas.
Wolfowitz afirmou esperar que os problemas sejam resolvidos nos próximos dias, durante a reunião anual do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional.
'Temos estado a trabalhar com as partes interessadas para que o problema seja resolvido. Estamos comprometidos em que assim aconteça, e esperamos progressos reais nas reuniões.'
O plano de alivio da divida foi o grande acontecimento da cimeira de Julho passado, em Gleneagles na Escócia.
Wolfowitz, o antigo numero dois do departamento da Defesa dos Estados, sucedeu em Junho ultimo a James Wolfensohn, na presidência do Banco Mundial.
Numa conferencia de imprensa realizada ontem, quinta feira Wolfowitz referiu que o desenvolvimento económico de África continua a ser a principal prioridade do banco.
'Na África sub saariana, que conheceu um retrocesso, cerca de metade dos 600 milhões de pessoas vivem com menos de um dólar por dia, o que não e apenas em pobreza mas sim pobreza extrema.'
O Banco Mundial é a maior instituição mundial de desenvolvimento, distribuindo anualmente mais de 25 mil milhões de dólares em empréstimos e subvenções.
Wolfowitz prometeu tornar o banco mais eficiente e assegurar que a assistência chegue às populações mais pobres.