Um numero desconhecido de homens armados atacou

Um número desconhecido de homens armados atacou, ao amanhecer, a esquadra policial na vila de Loki, na ilha de Seram. Cinco polícias e um dos atacantes morreram na troca de tiros que se registou. Os investigadores estão ainda a tentar determinar as razões por detrás deste ataque.

Entre 1999 e 2001, Maluku foi palco de violência entre comunidades, de que teria resultado a morte de cerca de nove mil pessoas. Desde a assinatura de um acordo de paz em 2001, que se regista uma calma relativa entre as comunidades cristã e muçulmana, que continuam, todavia, a levar vidas separadas, e de quando em vez registam-se ainda alguma tensão.

Mas não é claro se este mais recente ataque está relacionado com a tensão religiosa ou tem outra causa. A lei é por vezes desafiada em zonas remotas desta ilha indonésia e por vezes registam-se confrontos entre a polícia, grupos de criminosos, lenhadores que abatem arvores ilegalmente e mesmo elementos do exército.

Owais Parray é o responsável do programa da ONU para a Prevenção da Crise e Recuperação em Maluku e outras conturbadas províncias. Ele diz que é de facto cedo para determinar o que esteve por detrás deste mais recente incidente, da mesma forma ser cedo demais para dizer que se fica a dever a diferenças religiosas.

“Há outros elementos que alimentam esta violência, não penso que seja de natureza religiosa ... quero dizer, é assim que a violência tem sido caracterizada, mas penso que há outros factores que contribuíram para a continuação da violência.”

Mas Parray nota que a situação está significativamente melhor que há cinco anos, ou mesmo há um ano, apesar de continuar a existir um padrão de violência, com períodos de uma paz relativa, pontuada por incidentes, que surgem sem qualquer aviso.

A polícia indonésia acredita que grupos não identificados estão a tentar reavivar o conflito, e que podem ser estes elementos que estiveram por detrás do ataque à esquadra -- uma referência usada em geral pela polícia para se referir aos extremistas islâmicos ou aos separatistas cristãos.