Angola: Polícia dispersa veteranos que exigem as suas pensões

Polícia angolana (foto de arquivo)

Poderoso aparato policial enviado para impedir protesto de veteranos que dizem que vão continuar a manifestar-se
As forças da ordem pública reprimiram hoje a manifestação dos veteranos de guerra que exigiam da Caixa de Segurança Social as suas pensões de reforma.

Your browser doesn’t support HTML5

Policia reprime manifestacao


Cerca de 150 ex-militares das Forças Armadas de Angola foram forçados a abandonar as imediações das instalações da Caixa Social, pela polícia militar, polícia de intervenção rápida, brigada canina e da cavalaria.

Mas os manifestantes dizem que vão prosseguir com as suas acções até serem pagos.

Luciana Lemos disse que a presença de tanta força policial " é um sinal de que eles estão envergonhados”.

“Ao invés de mandarem polícias para nos correrem com cães, deviam dar o nosso dinheiro,” disse.

A policia tentou impedir a reportagem da VOA de falar com um outro manifestante Fernando Kiala que disse que a acção policial se deveu ao facto de “falar a realidade porque doi”.

“Eles já esqueceram o que os militares deram por este país, uns tombaram outros estão aí a mendigar no largo Primeiro de Maio,” disse.

O presidente da república na qualidade de comandante em chefe das FAAs não escapou das criticas dos veteranos de guerra.

“O camarada presidente da república disse e prometeu que será presidente de todos angolanos, como é que agora faz isso? Ele passa nos carros com vidros fumados pra ano ver a realidade,” disse Kiala.

A antiga combatente Luciana Lemos chamou a atenção para a situação de muitos de seus colegas.

“Temos colegas aí que estão a passar mal, só dependem mesmo do dinheiro da Caixa Social, já não fazem mais nada, só Deus sabe. Está mal, muito mal,” disse

E os ex militares alertam que enquanto o dinheiro das pensões não cair nas suas contas as manifestações vao prosseguir.

“Se as coisas continuarem assim, as manifestações na Caixa Social vão continuar até às 'ultimas consequências porque nós não vamos parar,” disse Manu)

Tentativa para ouvirmos algum responsável da Caixa de Segurança Social resultaram em fracasso. A reportagem da VOA foi expulsa do local.