O Presidente americano considerou de erro enorme o derrube pelo Irão de um drone dos Estados Unidos que, segundo o comando central, aconteceu em espaço internacional e não em Hormozgan, território Iraniano, como disse a televisão de Teerão nesa quinta-feira, 20.
"O Irão cometeu um erro enorme", escreveu Trump no Twitter, horas depois de a Press TV, o canal de informação em inglês da televisão estatal iraniana, ter revelado que um modelo Global Hawk, "foi abatido na província costeira de Hormozgan, sem fornecer imagens do drone abatido.
Mais tarde ao ser indagado por jornalistas se os Estados Unidos irão atacar o Irão Donald Trump, disse: “Vocês descobrirão em breve.”
O porta-voz do Comando Central americano, o capitão Bill Urban, revelou por seu lado que um míssil terra-ar iraniano abateu uma aeronave de vigilância marítima da Marinha americana no espaço aéreo internacional sobre o estreito de Ormuz, no que chamou de, citamos, "ataque não-provocado a um activo de vigilância dos Estados Unidos".
Reunião com Israel e Rússia
Entretanto, a Casa Branca afirmou que o conselheiro de segurança nacional, John Bolton, vai a Israel neste fim-de-semana para "conversas sobre segurança regional" com altos funcionários russos e israelitas.
Bolton reúne-se no domingo, 23, com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, seguido por conversas com seus homólogos israelitas e russos, Meir Ben-Shabbat e Nikolai Patrushev.
O incidente atiçou os temores de um conflito militar mais amplo na região no momento em que o Presidente americano está empenhado em isolar o Irão por causa dos seus programas nuclear e de mísseis balísticos e seu papel em guerras regionais.
Esta é a mais nova escalada de incidentes na região do Golfo Pérsico, crucial para os suprimentos globais de petróleo e onde recentemente registou ataques com explosivos contra seis navios-tanque.
Os Estados Unidos responsabilizaram o Irão pelos ataques, tendo o Teerão refutado as acusações.
As tensões irromperam com a retirada de Washington de um acordo nuclear assinado por potências nucleares com o Irão em 2015, e se agravaram quando o Presidente Donald Trump impôs novas sanções contra Teerã e o regime retaliou no início desta semana ameaçando violar os limites impostos pelo acordo às suas atividades nucleares.