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Venezuela pede devolução de militares encontrados pelo Governo brasileiro no seu território


Soldados são acusados de ataque a base militar por Caracas, mas podem ser desertores
Soldados são acusados de ataque a base militar por Caracas, mas podem ser desertores

O Governo da Venezuela pediu ao Brasil a entrega de cinco militares retidos em Roraima pelo exército brasileiro na sexta-feira, 27, que o regime de Nocolás Maduro acusa de serem"desertores" e de envolvimento no ataque a uma base militar na semana passada.

"Já começaram a activar os trâmites diplomáticos necessários para solicitar e facilitar a entrega deste grupo de cidadãos envolvidos em fatos tão graves", informou o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela em nota, na qual diz esperar “uma maior colaboração por parte das autoridades do Brasil, como resultado da cooperação que deve imperar entre os Estados na luta contra o terrorismo e as ameaças à paz social".

O Governo brasileiro informou na sexta-feira ter encontrado cinco militares venezuelanos durante um patrulhamento feito na região da terra indígena de São Marcos, ao Norte de Roraima.

Ainda segundo o Executivo, a fiscalização era feita pelo Exército brasileiro, "que intensificou o patrulhamento na região da faixa de fronteira".

Os militares, que estavam desarmados, foram conduzidos pelo exército à capital Boa Vista, onde foram entrevistados.

A Venezuela afirma que os combatentes são responsáveis pelo ataque contra uma instalação militar em Gran Sabana, a 22 de Dezembro, que resultou na morte de um oficial e no roubo de 120 fuzis e nove lança-granadas.

Após o episódio, o ministro venezuelano da Comunicação, Jorge Rodríguez, disse que os invasores foram "treinados em acampamentos paramilitares plenamente identificados na Colômbia" e "receberam a colaboração do Governo de Jair Bolsonaro", mas sem apresentar provas.

Fontes citadas pela imprensa dizem que os militares desertaram e poderão pedir asilo no Brasil.

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