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Vaz diz que líderes da CEDEAO estão mal informados sobre Guiné-Bissau


José Mário Vaz, Presidente da Guiné-Bissau
José Mário Vaz, Presidente da Guiné-Bissau

Presidente da Guiné-Bssau reagiu à posição da Cimeira de Abuja que pediu respeito pelo Acordo de Conacri.

O Presidente da Guiné-Bissau acusou os líderes da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) de estarem mal informados sobre a situação no país, onde apenas existe uma "falta de entendimento entre os políticos".

José Mário Vaz reconhece, no entanto, que o país está "numa situação difícil" mas reitera que "apenas falta" que os cidadãos trabalhem mais e que a Assembleia Nacional Popular aprove o programa do novo Governo, "que está a trabalhar normalmente".

Vaz fez estas declarações neste domingo, 18, ao chegar a Bissau de regresso de Abuja, onde ontem os líderes da CEDEAO pediram ao Presidente guineense que cumpra o Acordo de Conacri que, entre outros pontos, defende a nomeação de um Governo inclusivo, com a presença de todos os partidos políicos.

«A conferência exorta o Presidente da República da Guiné-Bissau a se conformar aos dispositivos do Acordo de Conacri e apela a todas as partes a respeitarem os termos do acordo», diz o comunicado da CEDEAO, que não confirmou nem deu o apoio ao Governo liderado por Umaro Cissoko Embaló empossado no passado dia 13 por José Mário Vaz.

A posição foi assumida depois de o Presidente da Guiné-Conacri, mediador da crise de Bissau, apresentou o seu relatório à cimeira dos líderes da organização.

O Executivo de Embaló é integrado por apenas um partido com assento parlamentar, o PRS, enquanto os demais recusaram integrar o Governo em desacordo com a escolha de José Mário Vaz para primeiro-ministro.

"O nosso país está calmo, o único problema que há é esse desentendimento entre os actores políticos", reiterou Vaz.

A Guiné-Bissau enfrenta uma crise política desde Agosto de 2015 quando o Presidente da República demitiu o então primeiro-ministro Domingos Simões Pereira, presidente do PAIGC, partido mais votado nas eleições de 2014.

Desde então, o país teve quatro governos, sem que nenhum tenha conseguido fazer aprovar o seu programa.

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