A bancada parlamentar da UNITA vai pedir, outra vez, à Assembleia Nacional (AN) a criação de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) aos casos Sonangol, Fundo Soberano, BESA e dívida pública.
O pedido surge depois de, anteriormente, a AN ter considerado inconstitucional a CPI sobre a companhia petrolífera e de não ter dado qualquer resposta sobre os demais pedidos.
"Temos aqui dados graves de atentado ao interesse público, apesar das declarações públicas permanentes de combate à corrupção, não temos nenhuma garantia de que vai haver uma intervenção efectiva, vemos protecionismo permanente, continuamos a ver nomes absolutamente sem saída vinculados, com as mãos nos desvios, protegidos pelas instituições e não há iniciativas nem da Assembleia, nem de outra índole, por isso a CPI faz todo sentido, para ajudar na transparência destes casos”, diz o líder da bancada Adalberto da Costa Júnior.
Em relação à petrolífera, Costa Júnior afirma que “não foram esclarecidos os assuntos ligados aos dinheiros movimentados por empresas que receberam dinheiros da Sonangol e que o pedido de CPI está devidamente fundamentado".
O chefe da bancada parlamentar da UNITA acredita que estes casos podiam ajudar a resolver a escassez de recursos que o país enfrenta porque, diz, “são danos extraordinariamente que não se resolvem com estas histórias de combate à corrupção que depois não tem consequências efectivas”.
Adalberto da Costa Júnior vai mais longe e considera que nem o repatriamento de capitais dá uma “ideia claramente visível do que se pretende hoje” e que há “uma transição sem custos, sem responsabilização colectiva, sem que o pais busque de facto o que precisa".