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UNITA saúda decisão do Tribunal Constitucional de confirmar seu congresso


Adalberto Costa Júnior, presidente da UNITA, em entrevista à VOA, Washington, Estados Unidos, 10 Março 2022
Adalberto Costa Júnior, presidente da UNITA, em entrevista à VOA, Washington, Estados Unidos, 10 Março 2022

A decisão do Tribunal Constitucional (TC) de Angola de reconhecer os congressos dos principais partidos políticos da oposição foi saudada pela UNITA, mas com críticas ao atraso na decisão e avisos de que a luta pelo poder se vai agora intensificar.

O presidente do principal partido da oposição, Adalberto Costa Júnior, que agora faz também parte do Conselho da República, criticou os atrasos do TC em anunciar a sua decisão afirmando que isso põe em causa a credibilidade das instituições.

Adalberto Costa Júnior comenta decisão do Tribunal Constitucional – 2:18
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“Quando se retarda a regularização dos actos que têm prazos e quando se ultrapassa os prazos, ao nível de instituições com responsabilidade extrema estas instituições são expostas e isso vai criando para o país instabilidade política difícil de aceitar num ambiente de eleições”, disse.

Costa Júnior falava numa conferência de imprensa em que a plataforma política Frente Patriótica Unida (FPU) formada pela UNITA, Bloco Democrático e Pra Já-Servir Angola criticou asperamente o trabalho dos orgãos de informação do Estado, acusando-os de diabolizarem os líderes da oposição e a criação de instabilidade no país.

Por seu lado, o secretário-geral da UNITA Álvaro Chikwamanga disse que a decisão do TC vai permitir a abertura do partido para "o trabalho das eleições que se avizinham”.

UNITA pronta para “um governo inclusivo e participativo” – 2:18
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Chikwamanga afirmou que a UNITA quer um Governo “inclusivo e participativo” em que todos possam participar desde que tenham “em primeiro lugar o interesse do angolano e de Angola".

O analista político Nuno Dala aponta três razões que terão levado o TC a ir pelo caminho certo anotando o congresso da UNITA.

Militantes da UNITA receiam circular na vila de Sanza Pombo
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"A primeira razão é que o regime no poder concluiu que perde mais com a perseguição ao adversário, medo de manchar a sua imagem no exterior do país e a terceira uma medida em sentido contrário levaria à instabilidade do país", sustenta Dala, quem adverte que isto não significa recuo do MPLA.

"Isto não significa que o regime desistiu ou agora está tudo bem, pelo contrário, não sabemos o que farão com a acção movida por militantes da UNITA para impugnar o congresso, agora sabemos a mando do general Tavares", concluiu.

O também analista políico Agostinho Sikato diz que esta anotação sinaliza o arranque da verdadeira luta pelo poder, mas adverte que não se deve esperar uma competição fácil.

"Determinados grupos dentro do partido no poder têm interesses importantes e não se sentem seguros caso haja alternância do poder e daí tudo fazerem, para assegurar os seus próprios interesses", conclui Sikato.

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