Links de Acesso

UNITA quer saber como foi gasto o Orçamento Geral dos Estado em 2022


Liberty Chiyaka, líder do grupo parlamentar da UNITA, Angola
Liberty Chiyaka, líder do grupo parlamentar da UNITA, Angola

Partido diz que OGE tem servido de banquete para um grupo de pessoas abocanhar as riquezas dos angolanos

O Governo angolano entregou à Assembleia Nacional a proposta do Orçamento Geral de Estado (OGE) para 2023, mas a UNITA, principal partido na oposição, disse em conferência de imprensa nesta quinta-feira, 22, que o OGE tem servido de banquete para um grupo de pessoas abocanhar as riquezas dos angolanos.

O partido quer saber como foram gastos os milhões e milhões do orçamento de 2022, antes da discussão do documento para 2023.

UNITA quer saber como foi gasto do Orçamento Geral dos Estado em 2022 2:09
please wait

No media source currently available

0:00 0:02:09 0:00

Para além de exíguo, Liberty Chiaka, o líder do grupo parlamentar, diz que o nível de execução das despesas do sector social está “abaixo dos 60 por cento”, que, para ele “não pode ser, em consequência temos a crise que vivemos hoje, com greves em todo lado, dos médicos, professores etc.”

“Nós sabemos que muitos desses recursos que estavam e deviam ser alocados para o sector social aonde foram parar, serviram à campanha multimilionária do partido no poder”, acusou Chiaka.

Na mesma conferência de imprensa, Francisco Viana, representante pelo grupo parlamentar da UNITA na 5ª. comissão dedicada à economia e finanças, mostra-se preocupado com a forma como o OGE está a ser usado em Angola.

"O OGE não não deve ser o grande banquete onde todos esses abutres nacionais e estrangeiros sentam, enquanto o povo, a maioria, continua na miséria, sem saúde, sem educação, sem nada, nós não conseguimos entender como é que o grupo parlamentar do MPLA rejeita discutir questões de educação, se a educação é a prioridade das prioridades, não se discutir na Assembleia Nacional vai se discutir o quê, amnistia para os bandidos?", perguntou em jeito de crítica.

A prática da modalidade nas obras públicas por simplificação ou ajuste directo, por parte do titular do poder, é outro assunto que a UNITA quer saber, em particular “quanto foi gasto por ajuste directo, na contratação pública, quem se beneficiou disso, como estes dinheiros foram gastos".

A proposta do OGE para 2023 ascende a 20,1 mil milhões de kuanzas, com o sector da Educação a receber 8 por cento do bolo, saúde sete por cento e defesa e segurança nove por cento.

A área social, no geral, representa 33 por cento do bolo.

Fórum

XS
SM
MD
LG