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UNITA denuncia intolerância em província "endémica" e apresenta queixa à PN contra o MPLA


Adriano Sapinala, deputado da Unita, Angola
Adriano Sapinala, deputado da Unita, Angola

Partido da oposição denuncia a vandalização de várias casas de membros do partido no município da Ganda, em Benguela

A UNITA denuncia a vandalização, nos últimos dias, de várias casas de membros do partido no município da Ganda, na província angolana de Benguela, por supostos militantes do MPLA, e diz que existem sinais de uma situação ‘’endémica’’ em matéria de intolerância política.

A caminho do interior da província, no seguimento da "sua jornada patriótica", o novo secretário local do principal partido da oposição, Adriano Sapinala, revelou que o caso foi entregue à Polícia Nacional.

Casas de militantes da UNITA atacadas em Beguela – 1:59
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O deputado, que se encontra em visita à comunidade, considera que os actores políticos devem prestar atenção ao lado pedagógico nas suas mensagens.

Adriano Sapinala diz que o país tem muitas insuficiências sociais, pelo que não deve perder tempo com problemas como estes.

"Infelizmente, é um problema endémico. Na Ganda, na comuna do Casseque, houve vandalização das casas dos nossos militantes por militantes, demos a conhecer à Polícia", salienta o político, acrescentando que "há problemas sociais gritantes, não devemos perder tempo porque retardamos a estabilização do país".

A VOA contactou e aguarda uma reacção da Polícia Nacional, mas uma fonte do Comité Provincial do MPLA diz desconhecer a denúncia da UNITA.

Regresso do movimento Pro Pace

Com o país a sentir já o pulsar do relógio eleitoral, o evangelista João Guerra, da Igreja Católica, refere que a experiência pede que se reactive o movimento Pro Pace, de que fez parte na altura do conflito.

"Quando se fala em sociedade civil, é muito vago, temos de falar da igreja, que é a reserva moral. Neste caso, devia aparecer com a comissão de justiça e paz, em todas as paróquias, e passar depois para formação’’, sugere Guerra.

Ele afirma ainda que "a guerra acabou mas cada um tem uma bomba atómica preparada para o outro, por isso os bispos devem revitalizar o Pro Pace".

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