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Samakuva divide UNITA


Площа Таксім.
Площа Таксім.

Em Luanda, os contestatários voltam a exigir que Samakuva abandone a liderança, mas as províncias apoiam a actual liderança

Na UNITA, os contestatários voltam a exigir que Samakuva abandone a liderança do partido e propõem uma comissão de gestão que deve ser liderada pelo vice-presidente do partido, enquanto a secretária provincial do “Galo Negro” na Huíla, Amélia Judite, manifesta abertamente o seu apoio à chefia de Isaías Samakuva.

Em Luanda, o Grupo de Reflexão da UNITA voltou a agitar as águas no seio do partido nesta quarta-feira.O grupo de Reflexão da UNITA, subscritor do memorando tornado público na última sexta-feira, em que se exige a realização do XIº Congresso do "Galo Negro", reafirmaram a falta de legitimidade de Samakuva cujo segundo mandato terminou a 22 de Julho.

Os contestatários voltam a exigir que Samakuva abandone o poder e propõem uma comissão de gestão que deve ser liderada pelo vice-presidente do partido,Ernesto Mulato. Na comunicação feita à Imprensa, a ala contestatária do "Galo Negro" acusou o actual líder dos “maninhos" de práticas antidemocráticas e de promover acções de intolerância política no seio do partido.

Rafael Aguiar, coordenador adjunto do Grupo de Reflexão e um dos subscritores do memorando,afirmou que as acções de Isaías Samakuva reforçam atitudes autoritárias do regime vigente em Angola, o que, no seu entender, pode frustrar a expectativas dos angolanos de conquistar o poder político em 2012.

Os contestatários propõem uma Comissão de Gestão,em que Ernesto Mulato, Vice-presidente do partido, é indicado para liderança.O Grupo de Reflexão exige, por isso e sem pré-condições, que Isaías Samakuva entregue as pastas à Comissão de Gestão que deverá conduzir os destinos do partido até a realização do XIº Congresso e a tomada de posse da nova direcção do "Galo Negro".

Por seu turno,o Vice-presidente da UNITA contesta a posição tomada por este grupo de militantes e considerando-os golpistas.Também Ernesto Mulato defende o debate dos problemas internos nos órgãos de direito do partido.

Na Huíla, e em sinal de solidariedade, a actual liderança do partido, a secretária provincial da UNITA, Amélia Judite, veio reafirmar que Isaías Samakuva é o presidente do maior partido na oposição até a realização do próximo congresso.E repudia de forma categórica a criação da suposta comissão de gestão da UNITA por considerar não fazer parte dos estatutos do partido e qualifica os seus autores de estarem a agir de má fé.

Numa altura em que se alega a falta de dinheiro para a realização do conclave, Amélia Judite acredita que o XI Congresso da UNITA vai ter lugar, mas afasta qualquer tipo de pressão pública:“No primeiro congresso constituinte da UNITA não houve pessoas que foram para a rádio para ser realizado! Não vai ser o XI Congresso da UNITA que tem de haver elementos que têm de ir a rádio para ser concretizado. É claro o congresso será realizado em tempo oportuno, nas condições da UNITA, mas não sob pressão de forças externas a própria UNITA.”

Aos membros contestários, “sedentos” do congresso, a secretária da UNITA na região fez um apelo:"É preciso ouvir as bases". E adiantou Amélia:“Nós estamos a receber solicitações das bases dos militantes da UNITA que pedem a estes membros sedentos de um congresso à sua moda, deviam passar às bases refiro-me às bases, nas comunas, nas aldeias, nos comités locais, para puderem ouvir a opinião dos militantes em relação a esta situação.”


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