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ONU determina investigação de alegado ataque com armas químicas na Síria


Activistas sírios acusam as forças governamentais do uso de armas químicas durante a noite de Terça para Quarta-feira nos subúrbios de Damasco, que terão morto centenas de pessoas

O Conselho de Segurança das Nações apelou para um exame completo, imediato e imparcial de investigações ao alegado ataque ontem com gás venenoso por parte do exército sírio.

Vários países apelaram para um encontro de emergência do Conselho de Segurança, em resultado da notícia.

A seguir a duas horas de discussões à porta fechada e ao briefing com o chefe adjunto das Nações Unidas, Jan Eliasson, a presidente do conselho, a embaixadora da Argentina, Maria Crisitna Perceval, leu um comunicado aos jornalistas.

“Há uma grande preocupação entre os membros do conselho de segurança acerca de alegações a um senso generalizado de que deve haver uma clarificação sobre o que aconteceu e que a situação deve ser seguida com muito cuidado. Todos os membros do conselho concordaram que qualquer uso de armas químicas por qualquer das partes e sob quaisquer circunstâncias, representa uma violação da lei internacional.”

A embaixadora da Argentina saudou o apelo do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, para um “exame completo, imparcial e rápido de investigações” e sublinhou a necessidade de assistência humanitária imediata as vítimas.

O ataque reportado na Quarta-feira acontece numa altura em que cientistas das Nações Unidas encontram-se na Síria para examinar alegações de possíveis ocasiões de usos de armas químicas pelo governo ou rebeldes.

Os peritos obtiveram permissões do governo para visitar três locais – um deles na província de Aleppo, em Khan al-Assal onde o governo sírio acusa os rebeldes de uso de agentes químicos em Março – e outros dois locais que ainda não foram identificados, mas que parecem ter sido apontados às Nações Unidas pelos Estados Unidos, França e Grã-Bretanha.

A missão das Nações Unidas irá tentar estabelecer apenas se foram usadas armas químicas, e não quem as usou.

Jan Eliasson disse aos jornalistas que uma investigação imediata é necessária.

“Isso representa, não importam as conclusões que houver, uma grave escalada da violência com sérias consequências humanitárias e humanas. Esperamos muito que possamos ser capazes em conduzir a investigação. O Doutor Ake Sellström e a sua equipa estão no terreno em Damasco; nós esperamos que lhes sejam garantidos o acesso a área pelo governo.”

O secretário-adjunto da ONU, Jan Eliasson expressou-se igualmente preocupado acerca da situação de segurança no terreno e disse ser uma “situação muito dramática” e que não era útil se referir no momento. Adiantou ainda tratar-se de uma razão mais que suficiente para o fim urgente das hostilidades.

Diplomatas dos países ocidentais disseram que cerca de 35 Estados membros das Nações Unidas assinaram uma carta dirigida ao Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon a pedir uma investigação urgente das ultimas alegações do uso de armas químicas.

As Nações Unidas disseram no início do dia de ontem que o chefe da equipa de investigação estava em negociações com o governo sírio sobre todas as que questões que tinham a ver com alegados usos armas químicas, incluindo este mais recente incidente reportado ontem.

Ban Ki-moon disse várias vezes que se armas químicas forem usadas na Síria, poderia representar um crime de guerra cujos responsáveis teriam que responder perante a justiça.
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