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Ulisses Correia e Silva reeleito presidente do partido no poder em Cabo Verde


Primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, em entrevista à Voz da América em Washington, DC, em 15 de dezembro de 2022
Primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, em entrevista à Voz da América em Washington, DC, em 15 de dezembro de 2022

O actual primeiro-ministro derrotou o deputado Orlando Dias e vai dirigir o MpD nos próximos cinco anos

O presidente do Movimento para a Democracia (MpD), Ulisses Correia e Silva, partido no poder em Cabo Verde foi reeleito neste domingo, 16, em eleições directas por mais de 90 por cento dos 10 mil eleitores que exercerem o seu direito de voto no país e na diáspora, num universo de cerca de 32 mil inscritos.

O deputado Orlando Dias, que concorreu contra o também actual primeiro-ministro, disse ter havido fraude e que Correia e Silva saiu fragilizado.

“O MpD está de parabéns, é isto o que mais interessa e estamos mais fortes para as novas batalhas, que serão decisivas para o país”, disse o reeleito presidente dos "ventoínhas", nas suas primeiras palavras após o anúncio dos resultados privisórios.

Ulisses Correia e Silva realçou que foi uma "grande vitória do MpD, porque os militantes compreenderam bem o que estava em jogo" e anunciou ante seus apoiantes que o "compromisso é de vencermos as eleições autárquicas e legislativas, em 2024, e em 2026 e continuar a governar".

Orlando Dias, deputado do MpD, Praia, Cabo Verde
Orlando Dias, deputado do MpD, Praia, Cabo Verde

Instado sobre denúncias de fraude do seu adversário, Correia e Silva disse que "as pessoas devem respeitar os resultados" já que a diferença é abismal e concluiu que "não se pode vir com desculpas deste tipo que acabam sempre por atingir a instituição e nós não queremos que o MpD seja atingido com este tipo de declarações".

Candidato derrotado fala em fraude

Em declarações à agência Inforpress após a derrota, Orlando Dias afirmou ter havido “um esquema de fraude generalizada” que "funcionou muito bem”.

“Ulisses Correia de Silva sai fragilizado dessas eleições”, acrescentou Dias, sem explicar como, mas concluiu que embora os resultados "tenham ficado muito aquém do que esperávamos, traduzem-se numa manifestação clara de pujança, de força e do futuro das ideias que corporizamos”.

O director do Gabinete de Apoio ao Processo Eleitoral do MpD, Silvano Barros, limitou-se a registar "uma vitória expressiva da candidatura liderada por Ulisses Correia e Silva, com mais de 90% dos votos", e descartou qualquer alegação de fraude.

Os resultados definitivos serão anunciados na sexta-feira.

O novo mandato de Ulisses Correia e Silva é de cinco anos.

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