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Trump revela ter cinco candidatas ao Supremo Tribunal e que a escolhida será anunciada no fim de semana


Presidente Donald Trump
Presidente Donald Trump

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira, 21, que tem cinco nomes na sua lista de prováveis candidatas ao lugar deixado vago por Ruth Bader Ginsburg (RBG), falecida no passado dia 18, e que deve fazer o anúncio da sua candidata na sexta-feira ou sábado, após os funerais de RBG.

Amy Coney Barrett, Barbara Lagoa e Allison Jones Rushing integram a lista, segundo Trump que recusou citar as outras duas juízas, em entrevista ao programa “Fox & Friends”, da cadeia televisiva Fox News.

“O resultado final é que vencemos a eleição, temos a obrigação de fazer o que é certo e agir o mais rápido possível”, disse Trump, rejeitando o pedido do seu adversário na eleição presidente de 3 de novembro, o ex-vice-presidente Joe Biden, segundo o qual o Presidente eleito é quem deve escolher o future integrante do Supremo Tribunal.

Trump acrescentou que o Senado, controlado pelos republicanos, deve confirmar o nome por ele indicado antes da eleição, daqui a seis semanas.

“Queremos prestar homenagem, parece que teremos serviços na quinta ou sexta-feira, pelo que entendi, e acho que deveríamos, com todo o respeito pela juíza Ginsburg, esperar pelo fim dos serviços”, funerários, alertou o Presidente.

Supremo conservador

A escolha de mais um conservador para o Supremo Tribunal, o terceiro apontado por Donald Trump desde a sua posse em 2017, marcará o futuro do órgão por décadas, passando a ter uma relação de seis juizes conservadores e três liberais.

Os democratas e analistas temem que um Supremo Tribunal totalmente conservador possa mudar o rumo do país em temas como o aborto, imigração, saúde, direitos de voto, restrições à posse de armas, liberdade religiosa, entre outros.

Trump citou a relativa juventude de suas três escolhas identificadas - Barrett tem 48 e Lagoa tem 52 - e disse que qualquer um deles poderia servir na corte por décadas.

A indicada pelo Presidente deve ter o apoio imediato dos legisladores republicanos no Senado, que são 53 senadores, contra 47 dos democratas.

São necessários 51 votos para passar a proposta de Trump e, em caso de empate, o vice-presidente Mike Pence, que nesses casos funciona como presidente do Senado, vota para desempatar.

Dissidências

Entretanto, as senadoras republicanas Lisa Murkowski, do Alasca, e Susan Collins, do Maine, já disseram que se opõem a qualquer votação a pouco mais de um mês das eleições.

Agora, os olhos dos democratas estão centrados nos nos senadores Mitt Romney, do Utah, e Chuck Grassley, de Iowa.

Os democratas, com o candidato à Presidência Joe Biden à cabeça, defendem que seja o Presidente a sair da eleição de 3 de novembro a escolher a futura juiza.

Biden fez um apelo direto aos senadores para não votarem qualquer nome indicado pelo Presidente e lembrou que, em 2016, a nove meses das eleições, o mesmo líder do Senado, o republicano Mitch McConell, recusou levar a votos um indicado de Barack Obama ao órgão por alegar que era um ano eleitoral.

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