O antigo Presidente americano Donald J. Trump e outras 18 pessoas, incluindo alguns dos seus ex-advogados e principais assessores, foram acusados por um grande jurado de Atlanta num amplo caso de extorsão focado nos esforços do republicano para reverter os resultados da eleição de 2020 no Estado da Geórgia.
A acusação - entregue nesta segunda-feira, 14, após um longo dia de depoimentos - é uma acusação sem precedentes de má conduta presidencial por um procurador local.
O processo inclui 11 acusações contra Trump, incluindo falsificação e extorsão, mas a investigação também atingiu a sua equipa na Casa Branca, a campanha de Trump e o Departamento de Justiça.
Entre eles, estão Rudolph W. Giuliani, seu ex-advogado pessoal, e Mark Meadows, chefe de gabinete da Casa Branca na época da eleição.
Trump, que concorre novamente à Presidência e é o favorito para ganhar a indicação republicana, está acusado em quatro investigações criminais separadas, entre elas uma em Washington DC, que vai julgar tentativas de se manter no poder depois de perder a corrida de 2020.
Embora esse caso cubra parte do mesmo terreno que o da Geórgia, há diferenças cruciais entre as acusações estaduais e federais: mesmo que o Trump recuperasse a Presidência, os procuradores da Geórgia não ficariam dependentes dele, nem ele teria o poder de tentar perdoar a si mesmo se fosse condenado.
A investigação que levou às acusações começou em fevereiro de 2021, após a fuga de um telefonema entre Trump e Brad Raffensperger, secretário da Geórgia e responsável eleitoral do Estado.
Na ligação, o então Presidente pediu a Raffensperger que encontrasse cerca de 12 mil votos a seu favor, número que seria necessário para que ele ganhasse as eleições na Geórgia e levasse os 16 delegados do Estado, o que lhe poderia dar a vitória sobre Joe Biden.
Liderada pela procuradora Fani Willis, a a equipa também investigou outras possíveis intromissões do ex-Presidente nas eleições na Geórgia, além de supostas contribuições de seus apoiantes.
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