O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que declara uma emergência nacional, invocando a Lei Stafford para permitir que mais ajuda federal flua para os estados e cidades combaterem a pandemia de coronavírus.
"Iremos superar a ameaça do vírus", disse o presidente na tarde de sexta-feira, numa conferência de imprensa, na Casa Branca.
Trump, que declarou cinco emergências nacionais anteriores, esteve, nos últimos dias, sob crescente pressão, especialmente dos democratas da oposição, para tomar medidas como as de governadores e presidentes camarários dos Estados Unidos que declararam emergência, ordenando o cancelamento de reuniões públicas e o encerramento de escolas.
A ação do presidente liberará dezenas de bilhões de dólares para o Fundo de Assistência a Desastres. Com tal, um Estado pode solicitar ao Governo Federal o pagamento de 75% dos custos com equipas de emergência, suprimentos médicos e exames e vacinas para responder ao vírus, que alguns epidemiologistas alertam que em breve poderá sobrecarregar o sistema de saúde do país.
"Os Estados devem estabelecer centros de operações de emergência imediatamente, e todos os hospitais devem ativar os seus planos de operações de emergência", disse Trump.
Antes da declaração de Trump, a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, fez um breve discurso no Capitólio, dando conta que será aprovada, nesta sexta-feira, a Lei de Resposta ao Coronavírus.
"As três partes mais importantes deste projeto são testes, testes e testes", disse Pelosi.
Apenas cerca de um por cento dos 136.000 casos da doença COVID-19 estão nos Estados Unidos, mas as autoridades de saúde pública preparam-se para um número muito maior de pacientes.
Alguns especialistas dizem que o número de casos pode realmente ser muito maior por causa dos testes limitados realizados, até agora, para a infecção por coronavírus.
Casos de coronavírus foram agora reportados em 47 dos 50 estados americanos. Com 31 mortes, o Estado de Washington é o que até agora é o mais afectado.