O Presidente dos EUA, Donald Trump, classificou de “absolutamente rídicula” a pressão dos legisladores democratas para impugná-lo a nove dias do fim do seu mandato.
Na primeira conversa com jornalistas desde a invasão do Capitólio por milhares dos seus apoiantes no passado dia 6, Trump rejeitou qualquer alegação de que ele tenha sido o responsável pelo caos que deixou seis pessoas mortas.
"Esta impugnação está a provocar muita raiva e eles estão a fazer isso, é realmente uma coisa terrível o que eles estão a fazer", afirmou Trump antes de embarcar para o Texas, onde foi ver o muro que ele construiu para impedir a imigração ilegal, que considera ser uma das suas maiores conquistas como Presidente.
Em relação à acusação de que ele teria incitado a rebelião, ele disse que “foi tudo analisado e as pessoas acharam que o que eu disse era totalmente apropriado".
O Presidente ainda argumentou que a tentativa de impugnação é a "continuação da maior caça às bruxas da história da política" e reiterou que que não quer mais violência quando Biden assumir o cargo.
No entanto, acrescentou que a tentativa de impugnação tem provocado “uma raiva tremenda" nas pessoas.
Entretanto, ainda hoje a Câmara dos Representantes deve votar uma resolução a pedir ao vice-presidente Mike Pence e aos membros do Governo que usem a sua autoridade constitucional para destituir Trump do cargo por ser incapaz
A medida, que deve ser aprovada com os votos dos democratas, estabelece um prazo de 24 horas para a resposta de Pence, que até agora não deu qualquer indicação de que apoia o afastamento de Trump.
Aliás fontes da Casa Branca apontam que Pence não o fará.
Ante a eventual recusa do vice-presidente e demais membros do Governo, os democratas vão aprovar eventualmente na quarta-feira, 13, a favor da impugnação do Presidente.
“O Presidente representa uma ameaça iminente à nossa Constituição, ao nosso país e ao povo americano, e deve ser destituído do cargo imediatamente”, sublinhou a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, para defender a posição dos democratas.
Embora o mandato de Donald Trump termine às 12 horas do dia 20, os democratas alegam no processo de impugnação que Trump “demonstrou que ele continuará a ser uma ameaça à segurança nacional, à democracia e à Constituição se permanecer no cargo” até lá.