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Troika da SADC reúne-se ainda este mês para debater situação em Cabo Delgado


Filipe Nyusi, Presidente de Moçambique, em conversa com diplomatas em Maputo
Filipe Nyusi, Presidente de Moçambique, em conversa com diplomatas em Maputo

Comunidade de Desenvolvimento da África Austral propõe enviar três mil soldados mas Presidente moçambicano continua reticente

A cimeira da troika da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) deve reunir-se ainda neste mês, depois de ter sido adiada em Abril, alegadamente porque o Presidente do Botswana estava de quarentena e o da África do Sul tinha uma audiência no tribunal.

A reunião foi acordada nesta semana em Paris pelos Presidentes de Moçambique, Filipe Nyusi, e da África do Sul, Cyril Ramaphosa, que se encontraram à margem da cimeira sobre financiamento das economias africanas.

Eles propuseram uma data, acordada com o Presidente do Botswana, que lidera a troika, Mokgweetsi Masisi, que deverá ser anunciada em breve pelo secretariado da SADC.

O anúncio foi feito pela ministra das Relações Internacionais e Cooperação, Naledi Pandor, numa conferência de imprensa na quinta-feira, 19.

“Moçambique quer que a SADC seja activa na assistência a resolver esta questão da incursão de extremistas em Cabo Delgado,” acrescentou Pandor, quem também esteve presente na reunião de Paris.

No mês passado, peritos militares da SADC apresentaram aos ministros das Relações Exteriores dos países da Troika um plano para o envio de uma força de quase três mil soldados, armados com helicópteros e navios de guerra, para Cabo Delgado, para ajudar as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique na luta contra os terroristas.

Observadores e analistas em Moçambique e na África do Sul dizem que Nyusi prefere negociar a ajuda militar, de forma individual, com países e empresas em vez de depender de uma comunidade, como a SADC.

Alguns acreditam que Nyusi não quer um volume tão grande soldados dos países vizinhos para ver de perto como estão as coisas em Cabo Delgado.

Em Paris, o Presidente moçambicano reiterou que nunca negou a ajuda internacional, mas que depende do que cada país pode oferecer.

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