O Tribunal Constitucional (TC) de São Tomé e Príncipe confirmou os resultados provisórios das eleições legislativas de 7 de Outubro que dão a maioria simples no Parlamento ao partido no poder, ADI, mas a oposição, que diz ter um acordo de incidência parlamentar, pode inviabilizar a formação de um Executivo dirigido por Patrice Trovoada.
Em conferência de imprensa nesta sexta-feria, 19, o presidente do TC, José Bandeira, confirmou que a ADI obteve 32.731 votos, correspondentes a 44, por cento, seguido do MLSTP-PSD, com 31.493 votos, o que significa 42,5 por cento, a coligação PCD-MDFM-UDD, com 7.416 votos, equivalentes a 10 por cento, e o Movimento de Cidadãos Independentes com 1,6 por cento.
Com estes resultados, a ADI terá no Parlamento 25 deputados, MLSTP-PSD 23, a coligação PCD-MDFM-UDD cinco e o Movimento de Cidadãos Independentes, com dois assentos.
Em conferência de imprensa, após a divulgação dos resultados definitivos, Levy Nazaré, secretário-geral da ADI, diz aguardar o convite do Presidente da República para formar o Governo conforme diz a Constituição do país.
Por seu lado, o MLSTP-PSD, o segundo partido mais votado com 23 mandatos e a Coligação PCD-MDFM-UDD, com 5 mandatos, reafirmaram que estão prontos para governar com garantia de sustentabilidade parlamentar.
A última etapa do processo eleitoral são-tomense ficou marcada por actos de violência e foi acompanhada pelo enviado especial da ONU para África Central e por uma delegação da Comunidade Económica dos Estados de África Central, (CEEAC), chefiada pelo seu secretário-geral.
Ahmad Allam-MI lamentou, no entanto, o posicionamento dos partidos da oposição face à presença da sua delegação em no país.
A recontagem dos votos foi pedida pela ADI por considerar que cerca de dois mil votos mulos e brancos lhe pertenciam, o que não foi confirmado agora.